Capítulo 25

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MEGAN LABONAIR

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MEGAN LABONAIR

No exato momento que abri os olhos, a dor latejou em cada pedacinho do meu corpo. Pisquei algumas vezes para acostumar meus olhos com a claridade. Tentei me mexer, mas uma pontada de dor aguda me fez xingar em voz baixa, minha garganta seca me impediu de praguejar em voz alta.

Avistei uma figura familiar adormecida ao meu lado, Louise praticamente babava no travesseiro tão perto de mim que eu quase conseguia sentir o hálito dela em minha nuca. Com muito esforço, consegui empurrar minha perna contra a coyote, resmungando novamente pelo latejar insuportável. Lou pulou da cama, coçando os olhos, sonolenta. Um sorriso rasgou o rosto da coyote ao me ver acordada.

-Meg!

Franzi o cenho diante da sua animação em me ver. Ela se ajoelhou no colchão ao meu lado, segurando minha mão com carinho e delicadeza.

-Como se sente?

Limpei a garganta, lambendo os lábios secos ao dizer:

-Você estava babando no meu travesseiro.

Louise tentou segurar a risada, mas foi inútil. O som do riso da coyote ecoou pelas paredes do quarto e foi somente naquele momento que percebi que não estava mais no quarto de Jason, aquele cômodo era diferente, jamais o tinha visto antes.

-Onde estou?

Tentei mais uma vez me sentar naquele colchão desconfortável, mas minhas costas reclamaram de dor e eu desisti. Respirar se tornou uma tarefa complicada quando meus próprios pulmões pareciam em carne viva.

-Não faça esforço, você precisa se recuperar.

-O que aconteceu?-levei a mão às têmporas que latejavam.

Lou comprimiu os lábios.

-Você não se lembra?

-Do quê?

-Você foi baleada pelos desgarrados no covil há três dias atrás, Megan.

As lembranças atingiram minha mente naquele exato momento. Desde meu confronto com Jason na salinha escondida até as balas de prata perfurando meu corpo, causando uma dor infernal que ainda me provocava calafrios internos. Toquei meu peito por reflexo, vendo um curativo branco ao redor do meu tórax, região que havia sido atingida por uma bala e foi retirada cuidadosamente por Jason. Minha cabeça rodou com aquela informação. 

Jason tinha me salvado. Ele podia ter acabado com minha vida de diversas maneiras, mas não, ele me salvou. A ferida em meu peito se curava lentamente, talvez ficasse alguma cicatriz, não me importei. Uma sensação ruim subiu pela boca do meu estômago. Acariciei meu peito com suavidade, me recordando da aflição de ter a prata tão perto do meu coração, a morte esteve tão perto que eu a senti roçando meu pescoço, cantando meu nome.

-Onde ele está?-perguntei a Louise, minha boca amargando.

Lou fugiu do meu olhar.

-Depois que Jason te trouxe para casa há três dias, ele sumiu, não tivemos nenhuma notícia dele.

Sangue Puro:Coração Selvagem (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora