Capítulo 18

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MEGAN LABONAIR

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MEGAN LABONAIR

Era estranho estar de volta.

A avalanche de sentimentos e emoções voltaram a me esmagar com força, dor, arrependimento, raiva e tudo de bom e ruim que já senti vinheram tudo de uma vez. Vozes inquietantes na minha cabeça não me deixavam tranquila, os espíritos de todos que matei e causei sofrimento desejando vingança contra minha alma perversa. Eu tinha feito coisas horríveis, machucado pessoas queridas e tomado péssimas atitudes, não adiantava ficar chorando ou se remoendo, nada mudaria o que eu tinha feito, eu teria que aprender a carregar as marcas daquelas cicatrizes.

Contudo, era o laço forte como aço presente em cada pedaço do meu ser, tomando meus sentidos, correndo como sangue pelas minhas veias, que me perturbava. Sentir novamente Jason em minha mente, coração e alma era desafiador. O híbrido tinha suas garras fincadas em mim, na minha própria essência, lá estava ele.

Enchi minhas mãos de água gelada somente para jogar tudo em meu rosto, se fechasse os olhos, era assombrada pelas lembranças. Esfreguei meu rosto mais uma vez, molhando meus cabelos e os amarrando em um rabo de cavalo logo em seguida. Mal reconheci meu próprio reflexo, eu não tinha mudado muita coisa, meu brilho continuava apagado e a escuridão impregnada.

Zoe me esperava no andar de baixo com Lucian e o resto da matilha. Minha irmã tinha me abraçado e chorado em meu ombro quando percebeu que minha humanidade estava de volta, e meu peito doeu ao pensar em quanta dor eu tinha provocado nela e em nossa família.

Um par de olhos violetas me observaram do reflexo do espelho, minha loba desperta, mas fraca pelo tempo aprisionada. Puxei o pingente da cabeça de lobo do meu bolso e o colar pesou na palma da minha mão, enfiei novamente na jaqueta e soprei uma longa respiração, descendo as escadas na direção da sala de estar. A conversa cessou com minha aproximação.

-Não precisam parar por minha causa-comentei, indiferente, me jogando na poltrona ao lado de Zoe.

-Como você se sente?-ela me perguntou.

-Com uma dor de cabeça infernal-resmunguei. -Mas vou sobreviver, não se preocupe.

-Isso é o estilo meigo de Megan Labonair com humanidade?-Frederick indagou, perplexo. -Isso é realmente uma surpresa.

-Sem mais ameaças de morte ou promessas de vingança?-perguntou Louise com ironia.

Revirei os olhos furiosamente.

-Vocês são uma pedra no meu caminho-murmurei, esfregando minhas têmporas que latejavam de dor.

-Vou sentir falta da antiga Megan, a vadia má insensível e fria-comentou Frederick com falso desapontamento.

-Depois que eu chutar sua bunda magra, não venha reclamar.

Lucian limpou a garganta, chamando atenção e eu rapidamente fechei a cara.

Sangue Puro:Coração Selvagem (Livro 5)Onde histórias criam vida. Descubra agora