Coração Selvagem: Livro 5 da Saga Sangue Puro.
(É necessário ler os livros anteriores, principalmente o volume 4 para maior compreensão)
Megan Labonair, dona de um espírito indomável, vê sua vida transformada após uma noite que a coloca acorrentada...
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JASON LABONAIR
Eu mantive distância de Megan Labonair por quatro meses até finalmente ter um sinal sobre uma pequena possibilidade de quebrar a ligação que nos unia. E isso foi uma mera desculpa para voltar a ver a mestiça. Tudo que envolvia Megan me tirava do sério, mas ao sentir o cheiro de outros machos mesclado ao cheiro dela quase me fez perder a cabeça. Precisei de todo senso de autocontrole para não fazer o lobo que dormiu com ela em pedaços.
Megan estava diferente desde a última vez que a vi, a mestiça de tornou um furacão de raiva e fúria, ardente como as chamas do inferno. E maldição! Ela continuava fodidamente bonita e atraente como eu me lembrava, colocando todo meu controle em risco.
Levar Megan a Detroit provavelmente era uma das maiores loucuras que já cometi em minha vida, visto a quantidade de lobos rebeldes que odiava ela e sua família, mas Frederick não me deu outra opção ao dizer que precisava da mestiça para continuar trabalhando na forma de quebrar o laço.
Meu corpo inteiro estava tenso por causa da loba pressionada em minhas costas, com as garras fincadas em meu abdômen, numa forma de me causar dor.
Já fazia algumas horas que estávamos na estrada em direção a minha cidade, e ainda não tínhamos feito nenhuma parada. Minha garganta começava a arder pela sede insuportável que tomou meu corpo devido a aproximação da mestiça, eu podia sentir o sangue fresco correndo pelas suas veias, pulsando em sua jugular, assim como em cada batida do seu coração encostado em minhas costas.
Minha boca secou com o pensamento de provar novamente o sangue de Megan, como aconteceu na noite da Lua de Sangue, mas eu sabia que se o fizesse de novo, perderia o controle facilmente e faria algo que eu me arrependeria depois.
Atordoado com a sede que arranhava minha garganta, desviei da rota e estacionei no estabelecimento mais próximo que encontrei, um bar velho localizado na beira da estrada. Larguei a moto no estacionamento e me afastei da mestiça.
-Algo me diz que ainda não estamos em Detroit.
Apertei os olhos com força e ao me virar, a loba me encarava com as mãos na cintura, com um vinco de dúvida formado entre as sobrancelhas delicadas. Ela bufou alto pelo meu silêncio, impaciente como sempre foi.
-Perdeu a língua, híbrido?
A luz do sol iluminou os olhos de Megan, ela balançou a cabeça, sacudindo os cabelos escuros ondulados. Seu rosto era uma mistura de tédio e irritação, os lábios pintados de vermelho sangue juntos em uma linha rígida. Ela vestia jeans e couro apertados que destacam as curvas do seu corpo e eu lutei para afastar as imagens da sua pele nua da minha mente.
-Preciso me alimentar.
Megan fez uma careta ao compreender minha verdadeira intenção por trás daquela parada repentina. Ela olhou para a espelunca na beira da estrada que chamavam de bar, afastado da civilização e próximo a uma pequena floresta.
