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Maratona 1/5
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Danado.

Papo aí que eu acordei sem rumo... essa demonia sarneou ontem a noite! Filha da puta, acordei apertando um já pra tranquilizar a mente. Tava descendo a escada quando me bati com ela indo pra cozinha.

Danado: Bom dia, amor da minha vida. Minha rainha, meu tudo, te amo.

Thamires: Ih vem me abusar não.- Passou que nem parou.

Danado: Te abusar? Nem faço isso. Tô falando que te amo só.- Abracei ela por trás.

Thamires: O que é que você quer em? - Segurou na minha mão, apertei na barriga dela.

Danado: Nada porra, maluca. Posso dizer nem fazer nada, uma noite daquela comigo, acorda não da nem um beijo.

Thamires: Sou maluca mesmo e ainda bem que tu sabe, solta que eu tô ocupada.- Beijei no pescoço dela e soltei. Desgraçada, mandada sabe nem fingir que não tava gostando né? Fraquinha a beça nos meus braços.

Danado: Tu acha que se tu não fosse maluca eu ia tá contigo? Se tu fosse calma? Um amor de pessoa? Tô porque é porra louca mermo, mulher piroca!

Ela nem fala nada, sabe que é verdade, já pintou pra caralho comigo e acha que eu não largo por que? Tá de marola... é minha.

Falador passa mal porque nunca entende o que é que essa mulher tem pra eu não chutar a porra do balde e mandar pra longe. Tá pensando que é qualquer um que sustenta uma porra louca dessa?

Só eu pô. Vagabundo olha e quer entender o porque de eu querer viver em pé de guerra, quer saber porque eu não largo pra viver minha vida logo em paz. Brabão de eu largar, não canso de falar.

Já disse que ia me envenenar uma época aí, quando eu menos esperasse. Eu sei que ela me ama, mas vou dizer que confio minha vida a ela? Num confio, meu parceiro!

Depois que aconteceu isso ela já veio algumas vezes trazer prato de comida pra mim, suco. Sem eu nem pedir, eu pego? Uma porra que pego. Mando deixar que eu mesmo vou buscar na panela.

Outro dia ela veio trazer, eu relutei que não ia pegar. Ela ainda fica rindo perguntando se eu tô com medo! Falei que ia trocar de prato com a Thainá, só pra ver a reação dela, ficou de boa, então comi.

Tomei um café, perguntei da minha filha e ela disse que tava na vó mas que já mandou mensagem pra voltar pra casa, essa noite foi até bom, vou nem reclamar.

Depois Thamires falou que meu filho tava me procurando ontem, tomei um banho e saí pra rua. Descendo eu encontrei a maria gasolina da Thainá, não aguentou me ver, perguntou pra onde eu tava indo e quis ir atrás.

Garota não pode ver eu nem a mãe dela de moto que se oferece, já deixou até avisado que quando fizer quinze anos quer uma moto. Mandona né? Mas vou dar, minha filha é minha princesa, meu bem mais precioso.

E tem a do Breno também, vou dar, eu amo meu filho igual, tá maluco? Não tem diferença nenhuma de amor. Filho é filho.

Eu sou louco, eu falo pra ele "perdoa que teu pai é desnorteado". Mas pensa que eu abandono? Thamires mermo enche a boca pra falar o que não sabe. Ô mulher da boca grande! Fala muito, fala demais.

Tava com a Thainá na garupa, parei na frente da casa da vó dele e buzinei. Perguntei o que era que ele queria, disse que tá querendo uma chuteira, falei que depois mando alguém trazer o dinheiro.

Aí tu ver, pensa que o moleque vai atrás de mim me pedir as coisas por que? Porque sabe que eu dou, mano. Se eu fosse ruim ele não ia atrás, entendeu?

Poder ParaleloOnde histórias criam vida. Descubra agora