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Maratona 3/5
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Thamires.

Fui liberta sem nem saber quantos dias foi que fiquei presa, eu real me perdi, tava com medo de ficar maluca daquele jeito!

A sensação é de dois anos, quando fui me atentar a um comunicado que passava na tv eu me toquei pela data que foram longos 17 dias... 17 dias igual bicho.

Tava incomunicável, sem meu telefone porque foi quebrado, não coloquei a cara na rua, esperei a manhã seguinte e ele veio me ordenar que eu ficasse na minha, mandar que eu não aprontasse nada.

E eu sei bem as consequências se caso eu resolver dar a louca e pintar o demônio né? Tô afim não.

Estou com um ódio imenso da cara do Rodrigo, gigante mesmo, e eu não sei se serei capaz de me conter, mas eu preciso. Afinal isso aqui é o que estou fadada a viver, não tenho escolhas.

Ele me disse que iria mandar buscarem as minhas coisas e as coisas da Thainá na outra casa mas eu falei pra deixar que eu mesma vou atrás do que é meu!

Certeza que ele queria mandar os buchas dele e eu não quero ninguém além de mim mesma tocando no que é nosso.

E que saudades da minha menina, cara.

Mas fiquei tranquila ao saber que ela estava aos cuidados da minha mãe que é o cuidado que ela mais ama e quer na vida.

Thamires: Quero um telefone!

Danado: Vou mandar trazer.

Thamires: Tudo seu é mandar trazer, eu quero dinheiro pra ir comprar, nada roubado.

Danado: Melhor que ir buscar é poder mandar trazer... vou pedir o 14!

Thamires: Eu não quero telefone roubado! - Falei grossa mesmo, tô nem aí.

Danado: Quem disse que vai ser roubado? Vou mandar comprar a vista pra tu.

Thamires: Pro max, quero o prateado.

Danado: Beleza, mandona.- Me retirei da sala.

Não tinha planos algum de trocar pelo 14, desde que lançou não vi necessidade, mas já que ele próprio arregaçou com o meu e vai fazer a obrigação de me dar outro, vou exigir porque a onda é ostentar esse até lançar o 15.

Resolvi sair e fui direto pra casa da minha mãe a pé mesmo, vi que tava quase no horário da Thainá ir pra escola e eu queria encontrar ela antes.

Silmara: Meu Deus!!! - Nos abraçamos.

Thamires: Oi mãe, tá tudo bem?

Silmara: Tá sim e com você, na medida do possível?

Thamires: Bem. Ele me soltou ontem, eu ouvi a senhora lá.

Silmara: É, estive porque eu não aguentava mais toda aquela situação.

Thamires: Cadê ela? Já saiu pra escola?

Silmara: Não, tá lá em cima terminando de se arrumar, sobe lá.

Subi pro quarto da minha mãe e ela estava passando perfume, tomando banho na verdade, ela é assim.

Thamires: Psiu!

Thainá: Mãe? - Sorriu correndo pros meus braços. - finalmente, parece que não queria mais voltar.

Thamires: Que saudade vida.- Apertei ela no meu abraço e depois soltei.

Thainá: Vocês foram pra onde?

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