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Thamires.

De tanto eu e Patrícia viver naquele "vamos marcar de se ver" ela se irritou e acabou de me ligar dizendo que tá na rua me esperando pra beber, só assim.

Porque olha, só estávamos de promessa, eu principalmente né? Aí depois aconteceu todas aquelas coisas e nem nos falamos mais. Troquei de roupa, peguei minha carteira, chave da moto e sai.

Ela estava no barzinho daqui que eu costumo frequentar, eu parei a moto, vi ela sentada olhando no celular e entrei.

Patrícia: Num é que aconteceu? - Deu risada levantando de braços abertos.

Thamires: Eu te avisei! - Abracei ela apertado e logo em seguida sentamos uma de frente pra outra.- pediu alguma coisa?

Ela disse que pediu um balde de Heineken, eu aproveitei que o menino veio trazer e pedi duas doses de tequila que ele até já sabe... eu amo de virar sem fazer careta.

Patrícia: Tá tudo bem?

Thamires: Está sim! Quanto tempo né? - Falei enchendo meu copo, vim numa sede maluca.

Patrícia: Pois é, mulher. Eu falei "vou ligar e avisar que já estou na rua que assim ela não vai negar" e deu certo... tá morando onde?

Thamires: Ali na rua da igreja universal.

Patrícia: Entendi.

Thamires: Pensei que tu ia morar em sampa pô.

Patrícia: Troco isso aqui jamais! Só que pelo Reginaldo seria lá a muito tempo. Não ficamos mesmo por causa de mim.

Thamires: É porque ele é paulista né?

Patrícia: Isso mesmo. Aí ele fala que as oportunidades de emprego são melhores lá e tudo mais. Mas veio coçar o que aqui? - Dei risada.

Thamires: Veio pra conhecer você só.

Patrícia: E os familiares dele da muito apoio pra ele voltar, levaram a gente pra ver até um terreno numa invasão que tem, mas eu não quero, mulher! Aí vamos ver no que vai dar esse dilema.

Thamires: É que tudo é questão de costume.- Ela concordou.

Chegou nossa tequila acompanhada de sal e uma fatia de limão, lambi as costas da minha mão pra ajudar e espalhei uma pitada do sal por cima.

Brindamos, eu lambi o sal, bebi a dose de uma vez e mordi o limão na sequência.

Patrícia: E minha pitica, cadê?

Thamires: Com o traste, digo, pai.- Ela não se aguentou e começou a dar risada.

Patrícia: Aí ela fica com ele é?

Patrícia mega zé povinho, deve ser de família. Vai começar a fazer várias perguntas que eu sei, não queria nem falar do dito cujo.

Thamires: É.

Patrícia: Vocês tão combinando direitinho?

Thamires: Ela fala "mãe quero ir ver meu pai" eu falo que pode ir e ela vai. Com a gente não existe formalidades!

Patrícia: Mas ela dorme com ele ou você deixa só passar o dia?

Thamires: Dormiu ainda não... ela só vai fica uma horinha depois enjoa da cara dele e volta.

Patrícia: Tu deixa assim de boa ela ir dormir se ela quiser?

Thamires: Deixo ué, é pai dela.

Poder ParaleloOnde histórias criam vida. Descubra agora