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Maratona 3/5
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Thamires.

Thainá ficou muito sentida com o que aconteceu com o irmão dela e isso me partiu o coração, ver ela tristinha da maneira que está, sem ânimo pra fazer nada.

Patricia me informou que ele machucou bastante o pé, só que não sei ao certo como que está.

O Rodrigo vai passar aqui pra pegar ela e deixar na casa da Patricia pra ir ver o Breno no hospital. Ele mesmo não pode por motivos óbvios, mas a Thainá estava na casa dele ontem e comentou que ele conversa com o menino por chamada de vídeo.

Ela tinha acabado de sair do banho quando ele começou ligar e eu atendi no lugar dela, era pra avisar que estava a caminho, em cerca de uns 5 minutos chegou.

Não tinha entrado aqui em casa ainda até hoje, mas aproveitou a situação pra poder entrar sem eu ao menos convidar, sabia que eu não iria dizer nada.

Mas entrou curiando tudo tá? Deus me livre! Repreende todo mal olhado senhor. Bisbilhoteiro toda vida, muda nunca!

Thamires: Ela tá terminando.

Danado: Beleza... espero. - Veio se aproximando.

Pensei que fosse pra sentar no sofá e ele veio foi pra me cumprimentar com um beijo no rosto, agora tu ver? Chegou em mim exalando perfume forte, eu no ato me saí mas ele ainda chegou a encostar.

Não é que pra mim devemos viver em pé de guerra, se ele fosse um homem respeitador isso aqui poderia ser normal... não sou de aliviar exatamente porque sei que ele espera só uma brecha da pessoa.

Seria um sonho termos uma relação acima de tudo respeitosa pelas circunstâncias que vivemos, eu sei o quanto eu queria isso e como tornaria as coisas mais fáceis.

Tanto que eu vi ele lá quieto e resolvi perguntar do menino, saber se está melhorando.

Thamires: Como tá o Breno?

Danado: Hm? - Me olhou, nem escutou o que falei.

Thamires: O Breno, tá bem?

Danado: Tudo certo pra vim pra casa essa semana agora, teve que colocar o gesso, vamos ver como vai ser.

Thamires: Ah, que bom. Ele vai se recuperar rápido! - Finalizei assunto.

Danado: Vai sim, moleque é forte, passou horas dentro daquele buraco que chamam de hospital engolindo dor, passando por descaso de gente infeliz.

Thamires: É foda, e se a gente fica calado ali dentro aí mesmo que passam por cima como se nem estivessem te vendo... Thainá, já terminou? - Chamei por ela.

Thainá: Espera, rapidinho.

Danado: Vó dele é serena, não é de fazer barraco, mas tem que fazer na hora que precisa. Hospital público é cena de terror, pra te atenderem rápido é só se tu chegar morrendo e olhe lá. Quando fui saber que meu filho ainda estava esperando por atendimento já tinha horas que ele tinha dado entrada.

Ele contou que quando ficou sabendo ligou pra mandar ir pra onde tem convênio no nome dele. É que na hora do desespero levavam pro mais próximo, é o pensamento de qualquer um.

Homem começou a desabafar comigo do nada, parece que não teve ninguém pra falar e resolveu descarregar tudo comigo!

Cheguei até a me arrepender, porque querendo ou não eu que fui tentar ser a simpática e acabei dando corda. Deveria ter calado minha boca mano!

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