Poder Paralelo

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Thamires.

Um calor terrível, pqp! Tomei um banho gelado na intenção de sair, sem condições, não da nem fome desse jeito.

Vesti um shortinho de alfaiataria e uma blusinha que só fazia cobrir os peitos, costa toda nua e ele bem curtinho.

Thamires: Ei, mãe vai pra rua. Quer ir?

Thainá: Não sei...

Thamires: Sim ou não? Decide.

Thainá: A senhora vai pra onde?

Thamires: Eu vou pra rua, não tem lugar, onde tiver gente eu paro. - Falei pegando a chave da moto.

Thainá: Eu vou! Não quero ficar sozinha.

Thamires: Vem cá, o que tu tá fazendo com meu short, cara? - Perguntei assim que vi, colocando as mãos na cintura.

Thainá: Deixe ela usando o shortinho dela, deixe.- Fez graça.

Thamires: Shortinho dela aonde??? Minha roupa que eu mal tirei do corpo. Tô feita mesmo...

Meu Deus, cara. Deu pra vestir minhas roupa agora, não posso tirar nada do meu corpo que quando viro tá nela, já não basta minhas maquiagens que ela carrega tudo!

Ela levantou, colocou a sandália no pé e me acompanhou. Apaguei as luzes de tudo, descemos e deixei só a do corredor de baixo acesa. Assim que fechei o portão dei de cara com um bucha, um não né, três.

Thamires: Boa noite.

- Opa dona, boa noite.

O outro avisou que iria deixar segurança 24/48 e realmente tá deixando, tem quatro dias que eles estão aqui. Aí vão alternando o turno, mas são sempre as mesmas caras.

Agora ando mais tranquila, mas tive medo da polícia realmente dar a maluquice de me monitorar sabe? Tenho pavor de investigação até porque a gente sabe como funciona a lógica deles relacionado a isso.

Pensando bem foi até melhor essa segurança mesmo, os caras não negaram que ficaram encucados com a minha história, e principalmente com a minha casa. Cuidado nunca é demais, assim como deixaram avisado, eles poderiam sim voltar.

Sair de moto com a minha filha e a rua está bem movimentada, mandei um alô pra Raquel ela me respondeu que estava fazendo a unha, viado está em Niterói!

Dei um rolê e parei pertinho da casa da minha mãe, coisa de 1 minuto andando, tinha um pessoal em frente ao bar e uns moleques jogando bola no campo.

Thamires: Vai chamar tua vó, fala pra ela vir aqui.

Thainá: Tá. - Saiu andando.

Peguei uma mesa no bar, três cadeiras, pedi um balde de Heineken e um refrigerante pra criança.

Ela demorou a beça, imaginei que minha mãe tivesse ido se arrumar pra sair e foi mesmo, chegou com um batonzão na boca, tem beiço pra dar e vender a nega kkk.

Thamires: Que demora!

Silmara: Tava dobrando umas roupas. Já tá bebendo? Todo dia.

Thamires: Nada a ver.

Silmara: Tudo a ver, os pés deve estar inchado de tanta cachaça.

Thamires: kkkk não queria mas o calor pede.

Silmara: Não, tá demais. Fiquei o dia inteiro dentro do quarto no ar, sem necessidade esse calor todo.- Falou enquanto eu enchia o copo dela.

Mas papo reto, tô bebendo adoidado esses últimos tempos, quando não é em casa dou um jeito de fugir pra rua. Mas o quê que tem??? Tô bebendo, não tô incomodando a vida de ninguém.