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📌 Antes de mais nada quero deixar avisado que eu escrevi essa história há um tempo e podem haver alguns erros de biologia marinha ou erros ortográficos. Vou tentar corrigir o que posso enquanto reposto. Boa leitura!

Cole

Era começo da manhã em Seacity. Eu, meu pai e seus marujos saímos para a nossa primeira viagem marítima pelos arredores de uma das crateras mais profundas do continente. Um lugar pouco explorado e que com toda certeza poderia guardar riquezas inestimáveis.

Meu pai, capitão da marinha, comandava toda a equipe do barco. Eu seria responsável por descobrir que espécies viviam ali e como sobreviviam em águas tão turbulentas e profundas.

— Isso pode ser perigoso, rapazes. Peço que todos mantenham seus corpos totalmente dentro do barco. — meu pai anunciava andando pelo convés. Enquanto o barco vagava pelo mar, eu ia observando e identificando os peixes que nadavam em cardumes ao lado. — Desde criança, você nunca olhou pra outra coisa que não fosse para a água. Nunca quis aprender a velejar, só queria saber de ficar olhando os peixes. — meu pai sentou ao meu lado e sorriu.

— A vida marinha me fascina. — suspirei. — E confesso que eu gosto mais de nadar com os animais do que velejar sobre eles.

— Pelo menos você e seus irmãos tomaram gosto pelo oceano, cada um do seu jeito único.

Eu me tornei biólogo, trabalhava diretamente com os seres vivos e passava a minha vida viajando só para estudá-los. Minha irmã, Camila, também era bióloga marinha, mas não realizava trabalho de campo. Seu negócio era o laboratório, atrás dos microscópios. Meu irmão, Dylan, assim como o meu pai, entrou para a marinha e atuava em outro estado.

Todos nós crescemos perto da água e dedicar nossas vidas à ela era inevitável. Todo aquele vento com aroma salgado me dava uma paz inestimável. Não trocaria o oceano por nada.

•••

Com minha roupa de mergulho e preso a um cabo que não me deixava ir tão longe, eu usava uma câmera especial para captar toda a vida ao redor daquela cratera. Meu pai insistiu que eu não me aproximasse tanto da beira para não correr o risco da correnteza me puxar para dentro.

Reparei que os animais ali eram os mesmos que costumavam viver em águas mais profundas, mas o que estariam fazendo na superfície? Deduzi que viviam dentro da cratera e saíam apenas para alimentar-se ou mais provavelmente por causa de algum predador.

Ainda embaixo d'água, eu comecei a ouvir um sussurro ao pé do ouvido, algo que parecia um canto. Mas estava tão perto que parecia ter alguém com a boca colada em mim.

Nadei até a superfície e vi que meu pai e os outros haviam afastado o barco e consequentemente, eu comecei a ser puxado pelo cabo que me prendia.

— PAI!! — gritei. — EU AINDA ESTOU PRESO AQUI!! — me desesperei ao ver que eles iam direto para o meio da cratera. — PAI!!! — eu tentava soltar o cabo de todas as formas possíveis.

Foi quando eu vi a coisa mais inacreditável da minha vida. Todos os homens começaram a se jogar na água, sem nenhum tipo de proteção. Franzi a minha testa observando aquela cena sem entender nada.

O canto que eu ouvia estava vindo diretamente de lá, era apenas um sussurro para mim, mas com certeza eles ouviam mais alto.

Vi meu pai também se atirando na água e comecei a nadar naquela direção. Quando parecia que todos os homens já estavam no mar, boiando de costas com um sorriso sereno no rosto, o canto parou. Eu parecia ser o único acordado em meio a todos eles.

Alto Mar ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora