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Cole

Passei o dia explorando tudo o que havia no iate. Eu vi televisão, joguei minigolfe, vídeo game, li um dos livros da biblioteca e até preparei drinks diferenciados. Fiz tudo isso sob o olhar de Lili, que parecia atenta a cada movimento meu sem perder nenhum passo.

Perguntei se ela gostaria de fazer as mesmas coisas que eu e ela sempre dizia que não. Apenas observava, sem dizer nenhuma palavra, a não ser que eu mesmo falasse com ela primeiro.

No fim da tarde, fui até o quarto no último andar e apoiei minhas mãos na varanda. Respirei fundo sentindo a brisa do mar invadir os meus pulmões. Lili prestou atenção nisso também e fez a mesma coisa que eu.

— Nunca precisei de oxigênio, mas eu gostava da sensação de respirar, não consigo me lembrar o porquê.

— Você está bem mesmo com a ausência da sua alma?

— Sim. Só estou curiosa sobre como é ter essas sensações.

Cheguei mais perto dela e levei minha mão até a sua. Fui subindo devagar por seu braço, ombro, até chegar em seu pescoço. Comecei a massagea-lo segurando sua nuca com firmeza. Seus cabelos negros emaranharam em minha mão quando ela jogou a cabeça para trás e fechou os olhos.

Usei o outro braço para abraçar a sua cintura e a puxei para perto de mim. Vendo o seu pescoço livre, eu comecei a beijar, chupar e mordiscar. Lili me abraçou e me apertou. Ergueu uma de suas pernas, a colocando em volta de mim e eu tirei a minha mão de sua cintura para apertar a coxa dela.

Levei meus beijos para o seu maxilar, depois para o seu queixo até chegar em sua boca. A beijei com toda a saudade que eu sentia, todo o meu corpo pedia por ela. A boca de Lili continuava tão deliciosa e tão viciante quanto eu me lembrava.

Sem parar de beija-la, agarrei sua outra coxa e a levantei para colocá-la em meu colo. Caminhei para dentro do quarto e a joguei na cama. Fui descendo meus lábios até chegar em seu peito e abri o roupão que ela usava, deixando todo o seu corpo nu ao meu alcance.

E eu beijei a sua pele com vontade, dando atenção à cada centímetro dela. Corri minha língua por sua barriga até chegar à sua intimidade. Comecei a chupá-la dando total atenção ali. Introduzi meus dedos para auxiliar enquanto eu usava a minha língua na parte externa.

Continuei apenas com os dedos e voltei para cima, queria olhar bem o rosto dela, por mais que não parecesse o mesmo rosto de antes. E quando ficamos cara a cara de novo, eu vi que ela estava neutra, não tinha um fio de excitação em sua expressão.

Tirei minha mão da sua intimidade parando o que fazia.

— Não está sentindo nada, não é? — perguntei decepcionado. Ela negou com a cabeça e eu saí de cima dela.

— Pode continuar se quiser.

— Não vou transar com alguém que não está com vontade de transar comigo.

— Está chateado? — eu queria que ela tivesse perguntado isso por preocupação, mas estava apenas curiosa.

— Não, Lili.

— E por que está tão sério?

— Eu só criei expectativas demais e elas foram quebradas muito rápido. — ela assentiu. — Eu vou arrumar alguma coisa pra jantar.

Fui até a cozinha e decidi preparar uma macarronada. Enquanto o macarrão estava no fogão, eu ia cortando os temperos. Lili demorou a aparecer, mas quando entrou na cozinha estava com um cheiro maravilhoso de flores e vestia um vestido azul claro de seda.

Alto Mar ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora