04 • "Prazer, Ana Alice!"

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Eu sabia que estava brincando com fogo por falar daquela forma justamente com a Ana

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Eu sabia que estava brincando com fogo por falar daquela forma justamente com a Ana.

Mas, puta que pariu a garota era uma pedra de gelo, além de não se afetar com nada ainda fez questão de me humilhar na frente do Nestor. E o boca de sacola mal esperou entrar na sala pra espalhar a fofoca pra geral, tive que passar o resto do dia escutando piadinha dos caras - olha que maravilha!

Enquanto isso a madame nem deu as caras.

Todo movimento na porta ganhava minha atenção, pensando ser a Ana, mas ela não apareceu em nenhum momento pelo restante do Media Day. Se não a conhecesse até pensaria que ela poderia está afetada pelos cantos, mas isso não fazia nem um pouco o estilo dela.

Quando acabou aquela tortura de evento de mídia, me apressei pra ser o primeiro a ir embora afinal estava cheio e se ouvisse mais alguma piadinha iria explodir.

Peguei minha mochila no vestiário vazio e corri até meu carro, deixaria pra tomar banho em casa.

Podia imaginar qualquer coisa acontecendo, mas a Aninha encostada na lataria do meu carro não era uma delas.
Porém era exatamente o que meus olhos estavam enxergando.

A vaga que eu havia estacionado estava na penumbra por causa do recente pôr-do-sol, por esse motivo só ao me aproximar que enxerguei com mais clareza o objeto que a morena tinha na mão e aquilo me fez arragalar os olhos e dar um passo pra trás.

- Você tá louca garota? - interroguei, enquanto ela sequer me olhou e continuou rodando o objeto pontiagudo com a ponta dos dedos - Quando falei mais cedo sobre você ser psicopata, não achei que era verdade - ela riu.

Riu não, gargalhou

- Sabe Dieguinho... - ela parou de mexer os dedos e começou a andar na minha direção.

Dei mais 1 passo pra trás. Bendita hora que não passa um ser vivo naquele maldito lugar

- Eu passei um bom tempo pensando se valeria perder meu réu primário por sua causa, mas percebi que você não vale o esforço

E foi então que ela pegou minha mão direita e pousou o canivete na palma dela.

- Boa noite Dieguinho - ele ficou na ponta dos pés e beijou o canto da minha boca.

O QUE?

Aquilo só poderia ser um sonho muito louco.

Pisquei algumas vezes, mas nada.

Ela começou a se afastar, mas não sem antes virar novamente pra mim com um sorriso muito maldoso nos lábios

E era aquilo que me dava medo.

- Acho que agora sim, podemos zerar nossas desavenças - ela piscou um dos olhos

- Mas do que você tá falando? - foi um milagre eu não ter gaguejado

XERIFE • Diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora