Paciência e Ana Alice na mesma frase era uma coisa que sequer combinava, ela era era a brutalidade em pessoa até quando tentava não ser. Não que ela tentasse muito, ou fizesse questão de ser mais agradável, ela achava o máximo e dava seu melhor pra...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Tudo o que precisávamos era de uma mais uma vitória pra manter a constância, mas ao contrário disso acabamos perdendo pro Flamengo - pelo visto no Campeonato Brasileiro iriamos precisar de um milagre pra não cair. Nas demais competições até que estávamos indo bem, mas os resultados no Brasileirão não agradavam a equipe, muito menos os torcedores. E eu como parte dos dois me sentia bastante incomodado.
Era fato que por estarmos em 3 competições ao mesmo tempo acabaria nos trazendo problemas, e não demorou muito pra que sentíssemos na pele o peso da agenda corrida. Muitos desfalques por lesão, o que complicava quando havia uma suspensão por cartão.
Alguns caras novos chegaram nas ultimas semanas, mas até que rolasse uma adaptação iriamos ter que provar mais uma vez que o São Paulo era o time da fé.
Os preparativos para as quartas da Sula estavam intensos, e eu mal tinha vida extra campo. Por esse motivo ontem tive que escutar minha mãe tagarelando por 40 minutos sobre estafa, que eu precisava fazer algo por mim, além de pensar em trabalho por 24 horas.
Mal sabia ela a batalha que eu estava travando contra os meus próprios pensamentos.
Desde aquele quase beijo com a Ana Alice no corredor do CT nosso contato tinha ficado nulo. O Arthur acabou não sendo um dos selecionados pra subir pro profissional, o que deixava as chances de topar com a irmã dele pelo meu ambiente de trabalho praticamente nulas.
Até fiquei sabendo que ela esteve no estádio no ultimo jogo, inclusive topei com o Arthur no vestiário, mas nem sinal da irmã. Pelo que eu ouvi na rádio fofoca ela até estava na área dos jogadores, mas do time adversário. Estranhei até lembrar da sua amizade com o jogador rubro-negro, o que se confirmou mais tarde quando vi fotos dos dois juntos com mais alguns outros amigos.
Era noite de sábado e qualquer jovem da minha idade no meu lugar estaria curtindo, ainda mais tendo o outro dia de folga, mas eu sequer conseguia pensar nessa hipótese.
Porém eu estava decidido a colocar meu sono em dia, já fazia alguns muitos dias que não conseguia uma uma noite de sono que se preze.
E eu deveria tá hiper focado no time. Como eu disse... Deveria. Mas a verdade é que a Ana Alice tem dominado cada vez mais minha mente.
Não só pelo nosso quase beijo, mas toda a história com o tal Caio estava me intrigando. A única coisa que eu sabia era que ele tinha falecido, e nada mais que isso.
Tinha muitas duvidas, porém não seria sem noção de forçar a Ana a me contar simplesmente pra matar minha curiosidade. Porém aquilo não deixava de perturbar minhas noites, os sonhos agora tinham se tornado bem mais estranhos e reais.
Despertei afobado e com a respiração desregulada. Olhei a hora no celular e mal passava das 3 da manhã - isso já era um grande avanço, pra quem mal conseguia pregar o olho por mais de 3 horas seguidas.
