05 • Hoje ela só quer paz

1.7K 148 3
                                    

Aquele vídeo era um tópico sensível pra mim, e não atoa só não o apaguei por todo o contexto que o envolvia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aquele vídeo era um tópico sensível pra mim, e não atoa só não o apaguei por todo o contexto que o envolvia.

O zagueiro depois de muito custo desconversou e se limitou apenas a dizer que tinha sido sem querer, deixando evidente o fato que estava SIM me stalkeando.

Não fazia a menor ideia de como ele sequer tinha me achado nas redes sociais, mas não tive tempo nem disposição suficiente pra me importar.

A semana se arrastou com muito trabalho ainda do projeto com o clube paulista de futebol, e com aquilo a Carla, com quem eu dividia sala, não parava de tagarelar sobre os jogadores e em especifico sobre o Moreira.
Pelo que consegui entender, com o meu sumiço durante o resto do ensaio de terça ela mesma teve que dar um jeito de se aproximar do jovem rapaz, e conhecendo o João aposto que nem foi difícil.

Era final da tarde de quinta-feira e eu já arrumava minhas coisas pra ir embora da empresa, afinal sairia um pouco mais cedo hoje pra buscar o Arthur no ponto, o moleque tinha vindo no ônibus de Cotia, pra poder assistir o jogo que rolaria mais tarde no Morumbi - porém só fez questão de me avisar quando já estava no meio do caminho, e a cachorra aqui que se vire pra sair correndo do trabalho.

E o sem vergonha ainda fez questão de colocar o maior sorriso ordinário no rosto quando sentou do meu lado no banco do carona.

- Moleque eu deveria te deixar de pista, viu? - resmunguei, arrancando com tudo rumo ao meu apartamento

- Você não faria isso com seu irmão querido - ainda debochou, sorte dele que eu estava num dia calmo. O que era raridade - E para de reclamar que tenho boas noticiais

- Eu nem tô reclamando garoto, eu heim

- Como se eu não te conhecesse, tava pronta pra começar a ladainha de nossa senhora aí - o folgado ainda teve a audácia de trocar a música, como se ele fosse o dono do carro

- Nem vem que hoje eu tô calma - falei dando um tapa de leve no seu braço evitando que ele passasse uma música que eu gostava

- Ih, tá medicada?

- Arthur... você não testa a minha paciência garoto - bufei - Diz logo qual a noticia boa, e para de me encher

- Ta bom, tá bom! - fez sinal de rendição - Descolei um camarotezinho pra nós

- Gostei ver, pela primeira vez fez algo realmente útil - zoeei vendo ele revirar os olhos

Costumávamos ir até que bastante ao estádio do nosso time do coração, mas era a primeira vez que pisaríamos num daqueles camarotes.
Não tinha dinheiro nem contatos o suficiente pra andar frequentando aqueles lugares de gente rica e apesar do vinculo do meu irmão com o clube apenas os jogadores mais famosinhos tinham direito a ter um camarote pra chamar de seu.

E nenhum dos nossos conhecidos haviam chegado naquele patamar ainda.

Apesar de não saber os meios usados pra conseguir isso, agradeci Arthur porque com a semana de cão que se passou seria ótimo ter um lugar mais calmo pra ficar.

XERIFE • Diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora