43 • Sintomas de Paixão

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O relógio marcava quase 3 da manhã, mas não consegui pregar o olho até agora - nem mesmo o cansaço de quase 2 noites sem dormir foi capaz de deixar que o sono me dominasse

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O relógio marcava quase 3 da manhã, mas não consegui pregar o olho até agora - nem mesmo o cansaço de quase 2 noites sem dormir foi capaz de deixar que o sono me dominasse.

Sei que minhas atitudes poderiam ser consideradas meio infantis, mas durante aquela madrugada inteira minha mente não parou um só momento, imaginando diversas possibilidades que aquela situação poderia resultar - e em todos eu saia magoado.

Óbvio que não seria covarde de culpar Ana por isso, entendia muito bem que ela também era refém daquela situação. Porém também não podia ignorar o fato de que aquilo me magoava e muito.

Precisava de tempo.

Tempo pra organizar as coisas na minha cabeça e coração.
E foi por isso que fugi dela como diabo foge da cruz.
E posso até ter parecido um adolescente de 15 anos, mas percebi no fim que havia feito o certo.

A família do cara que eu mal conhecia me acolheu como se eu fizesse parte da própria, e por parte daquele dia esqueci de uma parcela dos meus problemas.
Mas agora deitado sozinho tudo voltou a cair no meu colo.

Peguei meu celular na intenção de talvez consertar o que havia feito.
Mas antes que pudesse digitar uma palavra sequer, ouvi batidas na porta.

Mesmo estranhando devido ao horário, caminhei até a porta destrancando.
E ficando extremamente surpreso com o que foi revelado.

- Sorvete? - a morena mesmo abatida esboçava um sorriso me estendendo um pote de sorvete

- Pistache? Sério Ana?

- Você já provou? - neguei com a cabeça - Então, nada de julgar o livro pela capa

- O que faz aqui?

- Achei que já tinha dito ontem que não consigo dormir sem você...

- É... Você disse muita coisa ontem...

- Sobre isso... Será que podemos conversar enquanto dividimos um pote do melhor sorvete do mundo?

- Há controversas quanto essa ultima parte, mas podemos conversar sim - confirmei lhe dando espaço pra que a morena entrasse - Antes de você começar queria me desculpar por ter fugido, não foi a melhor forma de reagir, mas minha cabeça tava a milhão e espero que entenda que foi a saída mais fácil

- Não precisa se desculpar por isso. Analisando a situação percebi que faria o mesmo - ela disse batendo no espaço ao seu lado na cama - Já te disse inumeras vezes que pra mim não é tão fácil expor meus sentimentos, e você tem sido tão compreensivo em todas elas. Então é de total responsabilidade minha saber lidar com sua reação quando lhe chamo de amor. Respondendo sua pergunta da noite passada: Não, não me arrependo de tê-lo chamado assim. Mas me assusta a naturalidade com que fiz isso, tão natural que nem mesmo notei que havia dito, como se já tivesse lhe chamado assim tantas vezes. Eu simplemente entrei em pânico

XERIFE • Diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora