22 • Evolução nos adjetivos

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Não sei o que me deixava mais nervoso naquela situação: se era o peso de jogar no dia dos pais por ser um momento simbólico pra todos que levaram seus pais no Morumbi, ou por ter minha própria família inteira ali

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Não sei o que me deixava mais nervoso naquela situação: se era o peso de jogar no dia dos pais por ser um momento simbólico pra todos que levaram seus pais no Morumbi, ou por ter minha própria família inteira ali.

E também tinha Ana Alice.

Que além de ser seu aniversário, ela já tinha me ameaçado de todas as formas possíveis dizendo que o restante da sua noite de comemoração estava em minhas mãos.
Pouca pressão, graças a Deus!

Ainda bem que deu tudo certo, e os 3x0 em cima do Bragantino garantiram o meu futuro e das minhas futuras gerações.

Esperei apenas até ouvir o que o Ceni tinha pra dizer no vestiário e fui procurar pela minha família, apesar do meu pai de sangue não está junto considerava Elber uma figura tão paterna quanto - só por ele cuidar da minha mãe já era o suficiente.

Ao chegar no espaço do camarote que a Gaby tinha me dito pra encontra-los fiquei surpreso em ver meus pais numa conversa muito animada com um outro casal, que apesar de só tê-los visto por fotos até então sabia que eles eram pais da Ana e do Arthur. Porém não vi nenhum dos dois por ali, na verdade nem mesmo meus próprios irmãos estavam na grande sala.

- Boa noite! - o cumprimento geral anunciou minha chegada, cortando a conversa e fui cumprimentado timidamente pelos adultos ainda desconhecidos, enquanto minha mãe e padrasto me envolviam num abraço quase me derrubando - Calma Dona Meire, você me abraçou tem menos de 3 horas, não deu pra sentir saudades ainda

- Para de graça garoto! - me deu um tapinha no braço e em seguida um beijo na bochecha. Pra manter o equilíbrio entre a agressão e carinho - Você foi muito bem filho, é sempre muito difícil segurar a emoção vendo você ao vivo.

Os olhos marejados entregavam a emoção e o orgulho da minha matriarca, e eu não controlei o impulso de encher ela de beijinhos.
Meu padrasto também me encheu de elogios e logo o outro casal ganhou minha atenção.

- Esse são os pais da Aninha meu filho - minha mãe fez as honras os apresentando - Você lembra dela? A moça em quem a desorientada da Gabrielly bateu com o carro - não consegui conter um sorrisinho, me limitando a confirmar com a cabeça e cumprimenta-los com um aperto de mão

- Estou fazendo muito gosto de ver você comandar nosso São Paulo - o senhor comentou enquanto ainda apertava minha mão - Falava pro Elber o quanto é bom ver sua evolução, é sempre bom ver meninos como você que lutam sempre pra melhorar

- Obrigada senhor...

- Valdecir - ele completou entendendo que não sabia seu nome ainda

- E eu me chamo Andréa - a senhora ao seu lado também aproveitou pra se apresentar e só então percebi a semelhança com a filha. Chegava a ser assustador o quanto as duas eram iguais, se não fosse pelos traços da idade e pelas tatuagens daria pra confundir as duas facilmente

XERIFE • Diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora