Seguimos em direção ao que segundo Diego seria a melhor cafeteria de São Paulo.
Me sentia rodando sem rumo, e já cogitava a hipótese do zagueiro está perdido quando ele apontou pra um local de esquina dizendo que era ali, justo onde havia uma lona laranja cobrindo a parte externa.
A primeira vista parecia um boteco qualquer daqueles que sempre tem um bebum estirado em uma das mesas.Mas tive que engolir todos esse meus julgamentos precipitados junto com o Croissant de Queijo que eu sinceramente consideraria como uma das 7 maravilhas gastronômicas facilmente, o olhar de Diego me atingiu no momento em que um gemido escapou pelos meus lábios devido a delicia daquele salgado.
- Acho que nem preciso perguntar se você gostou
- Nossa, isso é muito bom - falei quase que soltando um novo gemido de satisfação, mas esse eu consegui segurar
- Sempre ouvi falar sobre comidas atingirem as mesmas terminações nervosas que o sexo, nunca acreditei muito, mas sua reação tá quase me fazendo mudar de ideia - senti meu rosto esquentar com aquela comparação.
Não costumava gemer tão facilmente, o que provava que aquela comida era realmente boa
- Desculpa! Te deixei desconfortável com esse meu comentário? - o garoto pareceu perceber o meu constrangimento, mas eu neguei com a cabeça
Afinal seu comentário realmente não fora nada demais, apenas uma curiosidade ou observação trazendo uma informação que de fato eu não sabia. Mas ele ter relacionado imediatamente meu gemido a sexo me deixou sem jeito.
- Relaxa Diego, você não disse nada errado dessa vez - disse, percebendo que ele já se preparava pra se justificar
- Que bom! Ainda tá bem cedo pra arranjar briga com você, além do que ainda preciso da sua carona até o condomínio do Nestor pra pegar meu carro
- Anos e muito dinheiro gasto com cursos de fotografia, pro povo olhar pra minha cara e me tratar como se houvesse um adesivo da Uber grudado bem no meio da minha testa - revirei os olhos e o moreno sorriu
- Eu juro que pediria um pelo aplicativo se meu celular não tivesse descarregado, só pra te livrar desse trabalho - ele explicou compreensivo
- Tá tudo bem, pode deixar que a cobrança vai chegar bem linda pra você depois. Serviço de motorista, hotelaria e lavanderia - pontuei vendo ele sorrir ainda mais - Olha que eu nem tô contando com o trabalho que deu pra te arrastar até aquele sofá
- Você fez isso sozinha? - pareceu surpreso e eu concordei antes de dar um gole no café. A bebida, devo confessar que já bebi melhores, mas ainda assim a que me foi servida estava bem acima da média - Como você conseguiu? Eu devo pesar mais que o dobro que você
- Não sei, talvez esse lance da força do ódio seja real - dei de ombros e ele ainda parecia meio incrédulo
- Mano eu realmente te dei um trabalhão. Desculpa mesmo! - seu olhar era puro drama e eu voltei a balançar os ombros. Afinal já tinha passado mesmo - Não sou acostumado a beber, e nunca tinha ficado daquele jeito
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XERIFE • Diego Costa
FanfictionPaciência e Ana Alice na mesma frase era uma coisa que sequer combinava, ela era era a brutalidade em pessoa até quando tentava não ser. Não que ela tentasse muito, ou fizesse questão de ser mais agradável, ela achava o máximo e dava seu melhor pra...