Paciência e Ana Alice na mesma frase era uma coisa que sequer combinava, ela era era a brutalidade em pessoa até quando tentava não ser. Não que ela tentasse muito, ou fizesse questão de ser mais agradável, ela achava o máximo e dava seu melhor pra...
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Na reapresentação do dia seguinte ao jogo contra o América a fofoca que rolava é que eu estaria namorando a Ana Alice. Os caras até poderiam negar sabendo que a possibilidade daquilo acontecer era quase nula. Mas eles fizeram isso? CLARO QUE NÃO!
Ao invés disso deram mais corda pra que continuassem me zoando, e pra piorar minha situação alguns carinhas da base tinham sido convidados pra treinar com a gente. E como o Jandrei tinha se machucado em um dos últimos jogos, relacionaram logo o Arthur.
Ai já viu né?! Até que eu conseguisse explicar pro moleque que aquilo não passava de uma idiotice dos idiotas do time, a própria Ana Alice já tava parada na minha frente com os braços cruzados.
Era hoje que eu conversaria com Deus pessoalmente.
Pela cara que ela fazia já estava sabendo da brincadeira que estava rolando, e não duvido que ela mesma tenha escutado alguma gracinha.
- Oi Dieguinho - a acidez que ela usava sempre que falava aquilo deveria ser capaz de corroer qualquer superfície - Ou será que devo te chama de "namorado"
- Você sabe que eu não tenho nada a ver com isso né? Sou tão vitima quanto você
- Acabei de perceber que você gosta tanto dessa ideia quanto eu - ela rolou os olhos, mas relaxou os ombros baixando um pouco a guarda - Você sabe onde tá o meu irmão? Tentei perguntar pra metade dos seus amiguinhos, mas eles não disseram nada além de mandar perguntar pra você
- Acho que tá passando por algumas avaliações físicas, precisa de umas burocracias chatinhas quando se treina no profissional - expliquei e ela assentiu com a cabeça - Posso te levar lá se quiser
- Você sabe que não precisa agir como se fosse meu namorado de verdade né - debochou, mas concordou com a cabeça em menção a que eu fizesse o que sugeri
- Até parece que teria como imaginar o contrário, você recusa até me dar abraço. Só se eu cogitasse namorar sem sequer beijar seus doces lábios - entrelacei nossos braços mesmo com a morena relutante
- Realmente pra encostar nesses lábios aqui só em sonho - ah se ela soubesse que realmente já aconteceu em sonho - O QUÊ? - ela parou com um rompante de frente pra mim
- Eu falei isso em voz alta? - ela assentiu e senti minha nuca esquentar. Não sei se por vergonha ou nervosismo - Eu juro que não queria dizer isso Alice
- Mas disse... E agora vai ter que me explicar - cruzou os braços e eu juro que tentei não olhar pro seu busto saltando, mas meus olhos não obedeceram o comando do meu cérebro
Pane no sistema, alguém me desconfigurou...
- F-Foi... Aconteceu só uma vez - minto, afinal os sonhos com a Ana estavam se tornando cada vez mais frequentes. Ultimamente tenho sido obrigado a enfrentar banhos frios sempre que acordo pra tentar acalmar meu corpo. Mas ela realmente não precisava saber disso - Na noite do dia em que acordei na sua casa - seu rosto assumiu uma expressão de choque
