A Alfa

Capítulo 41

- Quero que vocês vasculhem cada pedaço desse lugar - ordenou Ema a sua alcatéia - Henry não foi muito longe ou...

- Ema - chamou Ian - venha aqui.

Ema o seguiu no mesmo instante e assim que se aproximava o cheiro de sangue ficava mais forte, o cheiro do sangue de Henry. Depois de alguns instantes chegaram ao local indicado e viu uma enorme poça de sangue no chão. 

Olhou ao redor e viu que uma trilha fora feita como se o corpo tivesse sido arrastado. Ema se aproximou e juntamente com Ian farejou a trilha que o sangue fazia até uma saída secreta que dava para fora da abadia, mas infelizmente a trilha acabava ali. Marcas de roda de carroça estava ali, mas a neve apagara qualquer resquício.
Ambos se transformaram e correram ao redor da abadia mas não encontraram nada, nenhuma pista, era como se ele tivesse desaparecido.
Quando já estava amanhecendo voltaram e se encontraram na mesma saída de antes.
- Alguma coisa? Perguntou Ema aflita enquanto ainda arrumava sua roupa.
- Nada, ele parece te evaporado.
- Isso não é possível, alguém o levou ...
- Ela, você precisa começar a pensar que ele possa estar morto.
- Não ! Gritou ela - Não Ian, eu não suportaria....
Ian a puxou para um abraço e instantaneamente começou a chorar. Apesar das enormes diferenças, respeitava Henry demais e o tinha como uma espécie de amigo, e não admitiria, mas também sofria, não como Ema, e ve- la dessa forma o despedaçava.
- Ema, Ian - chamou Roni - estão procurando vocês.

- Ian, selecione os melhores farejadores e mande que voltem aqui e continuem as buscas. Senão me engano Brianna é uma das melhores.

- Sim Ema, agora mesmo.

Ian sumiu de vista para cumprir as ordens de Ema mas ela ainda continuou olhando a paisagem a sua frente pensando em Henry:

- Vou te achar Henry, prometo.

- Deixe-me ver se entendi - falou Henry se ajeitando na cama e olhando para Gerlane - você quer que eu entre na sua alcateia disfarçado como aliado para desarmar os planos dos descendentes de Duncan Black? 

- Exatamente isso. Voltaremos juntos e alego que você era uma aliado e se feriu ao me ajudar. Pelo que sei, Sonaira não mantinha os outros informados de seus passos com receio das cartas serem interceptadas, e os únicos que ela tinha como parceiros eram o monge, os dois membros da alcateia que vieram como alunos e eu.

- Ema nunca concordará com esse plano.

- Ela não poderá saber. 

Então Henry entendeu, ela queria que ele se passasse realmente por um traidor diante de sua alcateia, de sua família.

- Não posso fazer isso.

- Você nunca terá uma chance como essa- murmurou a jovem se aproximando - Escute, sei que vocês se amam, mas acima de tudo você é um guerreiro e tem que proteger sua alfa, não é assim que as coisas funcionam na sua alcateia?

Henry passou a mão no cabelo e jogou a cabeça para trás a encostando na parede fria. Se fizesse algo desse tipo Ema jamais o perdoaria, mas Gerlane tinha razão, nunca conseguiria outra oportunidade como aquela de acabar de vez com aqueles desgraçados.

- Como posso confiar em você?

- Você terá apenas que confiar, também não estou feliz com isso, mas também não quero mais mortes desnecessárias.

Henry suspirou pesadamente antes de responder, pois sua decisão já estava tomada e rezava para que não estivesse errado ou perderia a chance de ser feliz para sempre.

- Está bem - falou Henry -  em aceito. Agora me conte tudo sobre sua alcateia.