Capítulo 36

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Ema olhava para seu pai mas não o reconhecia. De um segundo ao outro suas feições mudaram para algo que nunca havia visto antes. Sentiu Henry se aproximando e se posicionando ao seu lado mas não teve coragem de se virar, apenas ouviu sua voz grave.

- Com todo respeito senhor, disse Henry, Ema se esforçou muito, mesmo a distância para manter nossa alcateia unida, ninguém mais conseguiria fazer isso.

Gregory suspirou cansado  e tentou se aproximar de Ema, mas ela deu um passo para trás.

- Nunca duvidei de você Ema, nunca, mas nesse momento você precisa se preparar para outras coisas, acredite em mim.

- Não vou nem tentar entender o que quer dizer, sei que não me contará a verdade, como sempre, mas acatarei sua ordem senhor. Só gostaria de saber como está minha mãe e meus irmãos.

- Estão todos bem, muito bem, com saudades...

- Obrigada, peço permissão para sair.

- Ema...

Sem esperar por consentimento virou as costas e saiu da sala. Henry a observou e após uma reverência saiu da sala.

- Henry, disse Gregory, cuide dela.

- Sempre, respondeu ele antes de sair.


- Ema! - gritou- Ema!

Ema ouviu Henry a chamando mas seus pés não obedeciam seu comando, só queriam a manter mais distante possível de seu pai e do que aquele poder representava. Queria correr e ser livre e é o que faria. De repente parou e disse a Henry:

- O que você faria por mim?

- Qualquer coisa - respondeu sem hesitar.

Então Ema mudou a direção de seu caminho e correu em direção a arena onde havia visto uma brecha na saída dos fundos. Com um impulso subiu na cerca e depois no muro e saiu em direção a um campo aberto imenso. Olhou para trás e viu Henry se aproximando, sorriu e continuou a correr.

Quando estavam distantes o bastante para não serem vistos, Ema se colocou atrás de uma enorme rocha, tirou as roupas e se transformou em loba.

Encontrou Henry já transformado e juntos correram o mais longe que conseguiram, apenas para ficarem mais longe do que não poderiam controlar.

Ao final da tarde voltaram exaustos pelo esforço e após se vestirem apenas se deitaram observando o sol adormecendo. Pouco a pouco o céu tomava tonalidades diferentes de laranja e azul fazendo tudo parecer uma obra de arte.

- Eu poderia ficar aqui para sempre- sussurrou ela.

-Então vamos ficar, vamos fugir, sumir daqui.

Ema sorriu e olhou para o homem a sua frente. Ele estava lindo com os cabelos desalinhados e o semblante cansado. Sem resistir esticou o braço e tocou levemente seu rosto o fazendo fechar os olhos. 

- Sabe que não podemos abandona-los. 

- Eu sei, Respondeu ele ainda de olhos fechados, eu sei. Mas não antes disso...

Henry puxou Ema pela cintura e ainda deitados sob a relva úmida a beijou profundamente. Ela enlaçou os dedos em seu cabelo e puxou levemente o fazendo gemer.

- Eu quero você - sussurrou Ema- quero agora.

- Você sabe o que está me pedindo Ema, não sou feito de ferro.

- Sei disso, você é feito de calor, falou ela deslizando as mãos pelos braços nus, músculos- agora descendo as mãos para o peito bem definido- e desejo.

Henry praticamente urrou e com apenas um movimento se levantou e enlaçou Ema em sua cintura. Com alguns passos alcançou uma rocha plana e a deitou ali, sem esperar resposta rasgou a frente do vestido de Ema e disse:

- Não pedirei permissão Ema, não me desculparei depois, só quero me afogar em você.

- Não quero desculpas, só quero você.

Naquele momento não havia espaço para palavras de nenhum tipo, eles só queriam acabar com aquela vontade de estar mais perto um do outro, por isso suas bocas se procuravam, suas peles se tocavam e suas mãos tocavam cada pedaço possível.

Ema imitou o movimento de Henry e puxou sua camisa deixando seu peito a mostra, em seguida o aranhou nas costas enquanto o beijava profundamente. Henry desceu a boca pelo pescoço esguio e dava leves mordidas por onde passava fazendo Ema gemer com a sensação.

Ambos se olharam bem nos olhos procurando confirmação de seus próximos passos e só conseguiram ver amor, um amor proibido mas que naquele momento não significava nada e ao mesmo tempo significava tudo e que depois daquilo mudaria suas vidas.

Lentamente Henry ergueu o resto do vestido de Ema a deixando com as pernas desnudas e por um instante se desvencilhou de seus braços e tirou suas próprias roupas ficando nu entre suas pernas. Ema observava tudo atentamente e por um segundo pensou que não caberia toda aquela extensão em sua entrada, mas confiava que Henry faria tudo da melhor forma e seria carinhoso com ela, então se esqueceu completamente do pensamento anterior e se concentrou apenas na sensação de finalmente senti-lo e era perfeito.

Henry tentava ter paciência e entender que aquela era sua primeira vez e que com toda certeza ela estaria sentindo dor, mas ao senti-la se remexendo procurando mais contato não conseguiu e apenas se enterrou mais, e ao ouvi-la gemer de prazer continuou seus movimentos enquanto chupava seus seios. A sensação era indescritível, era como morrer e voltar a vida no mesmo instante e se ver completamente a mercê dela.

- Eu amo você Ema, amo mais que qualquer coisa.

- Eu amo você Henry, amo.

Os  dois continuaram assim até que finalmente conseguiram chegar ao êxtase quase no mesmo momento, em seguida caíram  exaustos sob a pedra fria tentando acalmar as batidas do coração assim como os sentimentos intensos que os dominavam.

Depois de alguns minutos, abraçados e olhando as estrelas que agora preenchiam o céu, Ema falou:

- Não sei como conseguirei ficar longe de você agora.

- Ja não conseguia ficar longe de você Ema, estou sempre mal humorado e desconto tudo nos lutadores na arena, agora com toda certeza não ficarão nem perto de mim.

Ema riu alto e se agarrou ainda mais nele, até que ambos sentiram o cheiro de alguém se aproximando e se separaram instantaneamente se arrumando e se afastando um pouco. Era Cameron que se aproximava, Ema se afastou com um olhar de pesar e encontrou ele no caminho e ambos voltaram juntos sem deixar que ele percebesse a presença de Henry ali,ou nem sabia o que poderiam fazer com ele.

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