Capítulo 29

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Ema voltava para seu quarto após o jantar bufando. Aquele idiota do Cameron trombou nela de propósito e derrubou vinho na sua roupa. Ali durante o dia não se preocupava em usar vestido, por causa dos treinamentos, mas a noite sim, a noite coloca todas as roupas que sua mãe havia mandado. Entrou no quarto e foi logo abrindo os botões do seu vestido, mas ao terminar a primeira fileira se deteve ao sentir um cheio familiar por perto.

- Henry... ela disse.

Uma sombra saiu de trás de seu biombo onde trocava de roupas e ela pode ver Henry por inteiro. Ele estava mais alto, pensou Ema, e com os cabelos mais cumpridos que antes mas ainda era ele,e a olhava com aqueles olhos famintos que amava.

Sem pensar muito correu em sua direção e o abraçou apertado, assim como Henry que não acreditava que a estava sentindo tão perto.

Ficaram assim por alguns minutos e lentamente se soltaram olhando nos olhos um do outro. Henry baixou o olhar para o decote do vestido que agora estava totalmente aberto mostrando todo o colo nu de Ema coberto por pequenas sardas da mesma cor de seus cabelos ruivos. Ema desceu o olhar para sua boca e então estavam se beijando, famintos um pelo outro, sedentos por mais. 

Henry segurou Ema pela nuca e aprofundou o beijo enquanto ela gemia e o apertava mais e mais de encontro a si. Lentamente as mãos de Henry desceram pelo corpo de Ema e chegaram as suas nádegas apertando firme a erguendo. Ema enlaçou as pernas em sua cintura e Henry se sentou na cama com ambos naquela posição.

- Não acredito que está aqui, disse Ema entre os beijos, não acredito.

- Não consigo ficar longe de você, não tenho forças, ele respondeu.

Ema o empurrou lentamente para que ele se deitasse e abriu o restante do vestido, o deixando caido até na cintura. Henry passou as mãos pelo espartilho que apertava aquele corpo perfeito e com um único puxão quebrou todas as tiras que o prendia.

- Você usar isso é um crime, ele falou observando os seios de Ema a sua frente agora livres. Com a ponta do dedão os acariciou levemente, apenas para que ela sentisse a mesma necessidade que ele. Ema jogou a cabeça para trás e gemeu.

Henry a virou e inverteram as posições. De repente sua boca já provava o que tanto desejava a muito tempo. Ema segurava seu cabelo entre os dedos e acompanhava o movimento de sua boca.

- Eu quero tanto você, ela disse, quero demais.

Ele voltou a beijar sua boca e enquanto isso usou sua mão para erguer a saia de Ema e chegar ao seu ponto de prazer. Lentamente começou a massagear e depois a introduzir um dedo e depois dois.

Ema sentia-se em outra dimensão, algo dentro dela logo explodiria e ela não sabia o que era, apenas queria mais e mais.

- Henry, ela disse se contorcendo, Henry. E então tudo virou mágica e Henry a beijou para que não fizesse mais barulho.

Henry pegou a colcha da cama e a cobriu e depois se deitou ao seu lado a observando.

- Não acredito que fizemos isso, ela disse o encarando. Ele beijou sua testa e acariciou seu rosto.

- Acredite, eu queria fazer muito mais. Ema sorriu e escondeu o rosto embaixo da coberta. 

Depois de alguns minutos de silêncio, onde ambos apenas colocavam seus pensamentos no lugar, Ema disse:

- Como chegou aqui? Ela perguntou sonolenta.

- Uma moça me ajudou, acho que é sua amiga.

Ema sorriu ao pensar em Gerlane e em sua lealdade. Mesmo arriscando tanto ela a ajudou.

- Sim ela é. Senti tanto sua falta, ela disse tocando seu cabelo que caia sobre os olhos, não queria mais senti demais.

- Eu quero morrer todos os dias por não saber como você está, ele respondeu ajeitando um fio de cabelo que caia sobre seu rosto. Senti uma sensação ruim nesses últimos dias, vocês está bem?

- Senti o mesmo, ela respondeu se aconchegando em seu braço, algo de ruim vai acontecer precisamos estar prontos. Como estão todos da alcateia?

- Nossa alcateia é forte e permanecemos juntos não se preocupe, Ian e eu estamos cuidando de todos.

- Vocês dois, trabalhando juntos? Isso sim é uma novidade, ela falou sorrindo.

- Ele é uma boa pessoa, na maioria das vezes.

Ema fechou os olhos e sorriu.

- Não quero dormir, você vai embora. Ela falou sonolenta, deixando que aquele cheiro reconfortante lhe embalasse.

Depois de alguns minutos Ema adormeceu enquanto Henry a observava e lutava contra as palavras de seu pai que ecoavam em sua mente, mas só conseguiria se afastar se estivesse morto.

- Nunca irei embora, sussurrou Henry em seu ouvido e depois voltando para a ala de sua alcateia.

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