A Alfa

Capítulo 12

Após o termino da reunião, Ema foi liberada por seu pai para se preparar para sua partida. Ao chegar em seu quarto, sentiu um cheiro familiar, se aproximou da poltrona que estava virada para a janela, onde observava o por do sol todos os dias e viu Henry sentado ali como se tivesse algum direito de estar ali.

- Se alguém te pega aqui estará muito encrencado.

- Ja fiz isso várias vezes e você nunca se importou. Disse ele a observando de forma indecifrável.

- Como você mesmo disse, agora as coisas são diferentes.

- Eu sou um idiota, disse se levantando e indo na direção de Ema, segurou seus braços e encostou sua testa na dela, você já deveria saber.

-Eu sei, ela disse sorrindo contra seu peito firme, mas não torna menos doloroso o que você disse.

Permaneceram abraçados por alguns minutos até que Ema disse:

- Você tinha razão, só não queria ouvir naquele momento.

- Porque diz isso?

- Bem... Digamos que propostas de casamento andam chegando por ai. Assim que souberam que sou a sucessora da matilha, começaram a oferecer alianças a meu pai.

Henry se afastou e permaneceu de costas para Ema tentando controlar sua raiva. Fechou os olhos e respirou profundamente, mas ficou rígido ao sentir Ema acariciando suas costas. Isso já era demais.  Se virou e a segurou pelos braços e depois acariciou seus cabelos que agora estavam soltos. Passou os dedos pelas sobrancelhas ruivas e foi descendo, passando pela ponta do nariz e chegando finalmente aos lábios. Os contornou levemente e sentiu ela arfando contra seus dedos.

- Eu pensei muito sobre seu pedido de aniversário, e quero lhe dar ele, agora. Você ainda quer?

Ela apenas assentiu com os lábios levemente entreabertos e respirando ofegante em expectativa.

- Você não imagina quantas vezes imaginei isso, sonhei todas as noites com você.

Então Henry a puxou pelo pescoço e colou seus lábios aos delas, com ternura no inicio, porém, ao abri-los levemente, Ema despertou a paixão que Henry tentava tanto controlar. Ele a segurou pela nuca e aproximou seus corpos de forma que ela não poderia sequer se mexer. Ela o segurou pelos cabelos e o puxou até que Henry soltasse um leve gemido de aprovação a pegando no colo e levando para cama. De repente alguém bateu na porta de Ema e os dois se afastaram bruscamente procurando por ar.

As batidas ficaram incessantes e Ema gritou que logo iria. Lançou um olhar suplicante para Henry que assentiu e saiu pela janela, por onde havia entrado.