Be Your Wife?

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MORGAN

— Travis, preciso desses documentos xerocados até as dez e meia, se eu não entregar esses documentos na hora saiba que minha cabeça vai ser jogada para fora desse prédio hoje mesmo. — Digo ofegante pelo fato de ter acabado de vir correndo para cá.

Bem-vindos a minha vida adoravelmente estressante. Eu trabalho para um dos homens mais ricos, mais malvados, estressado, pavio curto e lindo do mundo. Porém, nunca me deixei levar pela sua beleza, até porque sua grosseria não deixa.

O senhor Pankow consegue ser mal apenas com o olhar, às vezes me pergunto porquê tanta maldade dentro daquele coração.

— Calma Morgan, só me dê alguns segundos. — Travis (o que cuida das máquinas da empresa) diz calmo.

Até porque não é ele que trabalha com Rudy Pankow.

Pankow, um executivo tirano que não tem papas na língua, a fama de mal dele vai longe.

— Prontinho. — Ele diz, suspiro olhando o relógio, cinco minutos!

— Obrigada, Travis! Me salvou de novo. — Digo pegando os documentos apressada.

— De nada, e boa sorte. — Ele diz antes de eu sair correndo.

Tenho a leve impressão que todos dessa empresa sentem pena de mim. Quem não sentiria? Eu sou a que mais sofro nas mãos daquele ser! Para todas as tarefas que ele me passa tem um determinado tempo, como por exemplo: buscar seu café do outro lado da cidade de Nova York, ele me dá apenas quinze minutos! Reorganizar sua agenda lotada, reescrever os contratos e documentos importantes de quase dez folhas, ele já chegou a me dar somente uma hora! E como sou orgulhosa e determinada, faço sempre no prazo. Eu zelo o meu emprego aqui, até porque ganho bem para aturar o filhote de demônio. Está mais para pai do demônio.

Esbarro em algumas pessoas pedindo desculpas pelos ombros enquanto subo as escadas. Quase caio, mas me recupero e entro no andar principal, onde fica o covil da coisa. Respiro devagar recuperando o fôlego, sento na minha mesa e organizo os papéis, arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo mais apresentável, aliso minha saia e fecho os meu olhos contando até dez.

— Quero os documentos agora! — Sua voz sai cortante pelo interfone.

— Sim senhor. — Murmuro sabendo que o mesmo já havia desligado.

Me levanto e caminho com a delicadeza que meus passos apressados permitem, sei que ele odeia esperar. Dando uma leve batida na porta escuto um resmungo dele e entro com cuidado.

Acho que nunca vou me acostumar com a beleza desse homem. Alto, pele cuidada, olhos azuis, lábios bem esculpidos, rosto anguloso, delicado, mas rústico. Ele consegue ser muito lindo, tão lindo que chega a ser amargo.

Coloco os documentos na sua mesa de vidro e ele nem se quer olha para mim ou para os documentos, seu olhar está vidrado em seu computador.

— Sr. Pankow, os documentos que pediu. — Digo calma dando um leve sorriso. Ele me encara, se o mesmo tivesse visão a laser eu já estaria frita a muito tempo.

— O que ainda está fazendo aqui? — Ele pergunta rude cruzando as mãos e me encarando.

— Precisa de mim para mais alguma coisa? — Pergunto não me abalando, então faço algo que ele odeia, eu sorrio docemente.

Posso ver uma veia saltar da sua testa, se ele pudesse me matar, eu já estaria em decomposição no cemitério, não sei o porquê, mas o Sr. Pankow me odeia, às vezes me pergunto se é por que sou a primeira assistente pessoal dele a ficar fixamente no cargo, porque para aguentar esse homem tem que ter pulso firme e precisar muito do salário.

Meu Adorável Chefe Tirano → Rudy Pankow Onde histórias criam vida. Descubra agora