Ghosts - Binchan

Cap 8. Master of Puppets

"Obey your master"

Três semanas se passaram desde que tive alta do hospital, graças ao Chris consegui ser exorcizado e agora tudo oque precisávamos fazer era caçar quem me assombrava, nada demais. Mas claro, mesmo que eu praticamente tenha morrido a três semanas atrás ainda assim tenho um trabalho a fazer.

Nosso destino era em Oxford, apenas eu e Christopher dessa vez, os outros meninos estavam ocupados com coisas maiores, o que ouvimos era que um bebê e seu irmão mais velho tinham morrido da mesma forma, os médicos disseram que tinha sido uma hemorragia cerebral, já seus olhos tinham desaparecido, seus dedos dos pés e das mãos estavam queimados, suas línguas tinham sido arrancadas. Os suspeitos do crime eram seus pais mas parecia difícil, já que não encontraram nenhum vestígio deles no local. Oque nos resta é fazer uma investigação sobrenatural.

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— Ai! pausa. — Exclamei, estávamos vendo uma câmera monitora que estava escondida em um ursinho, talvez os polícias não tenham visto, nunca se sabe. — Tá vendo isso? São os pais, mas as sombras em volta indica que não estão em sua forma normal.

Tínhamos lido em alguns jornais antigos e outras crianças morreram assim, de dois em dois anos duas crianças morriam no mesmo dia, depois mais duas crianças morriam quatro dias depois, já depois seus pais desapareciam. Tinha um padrão e infelizmente temos apenas dois dias até a próxima morte.

—  Cidade amaldiçoada, já ouvi tanta coisa desse lugar, como as pessoas ainda tem coragem de morar aqui? Sendo sincero todas as casas daqui com certeza já foram cenas de crime. — Chris reclamou.

— Não exagera Christiano! — eu ri.

— Você é sortudo demais, não sei como não me estresso quando me chama assim. De qualquer jeito, já sabemos como essa coisa se parece, ainda falta muita coisa, não vamos conseguir resolver isso em dois dias neném.

— Relaxa, tá comigo tá com Deus. Vamos procurar alguma morte que possa ser parecida com isso. Precisamos ter sorte então não fica de negatividade tá bom?

— Tá, vamos procurar onde os corpos foram enterrados e depois onde morreram.

~~

— Bin, você tinha visto essa marionete aqui antes? — Chris perguntou com a marionete na mão.

— Não e põe essa merda no lugar, você não sabe oque é isso, vai que se alguém tocar nela fica amaldiçoado.

— Que negatividade, se fosse eu falando isso. — murmurou mas eu ouvi mesmo assim.

— Não quero discutir com você agora, espera oque é isso? — Uma mancha na parede se formava, parecia uma pequena poça de água escorrendo. — Vem aqui, apaga a luz.

— Nossa, ótima descoberta pequeno Bin! — Eu poderia me estressar com o apelido mas minha mente estava nublada desde que Chris estava com as mãos na minha cintura e sua cabeça estava apoiada no meu ombro.

— Agora tem algo relacionado a água, oque pode ter acontecido com esse espírito? — Fiquei mais paralizado ainda, Christopher decidiu sussurrar um "adoro sua inteligência sabia?" No meu ouvido, isso é pura maldade. — Christiano oque você está fazendo? — disse meio manhoso

— Tirando seu foco do trabalho, você anda estressado demais, podemos aproveitar e acabar com o seu estresse. — sussurrou mais uma vez, estava difícil me manter são mas ainda tínhamos um trabalho importante.

— Okay, você pode fazer isso outra hora, não temos tempo agora.

~~

Horas se passaram e não encontramos nada, essa merda não pode ter aparecido só porque Deus quis.

— Tô cansado, eu não quero mais fazer isso! — disse me espreguiçando na cadeira desconfortável.

— Eu posso te ajudar, oque quer que eu faça? — Chris se levantou e veio em minha direção para fazer uma massagem em mim, é claro que eu não ia recusar.

— Chris, se ajoelha agora! — o moreno se ajoelhou. — Chris, você vai me dizer a verdade tá bom? — o mais velho assentiu com a cabeça. — O que mudou depois que você tocou naquela marionete? — Ficou em silêncio. — Fica sentado aqui, se você sair nunca mais deixo você fazer nada que queira tá me ouvindo? — Assentiu mais uma vez.

Não pode ser possível mas fazia sentido, Chris nunca foi assim antes, tudo bem o moreno era grudento e manhoso mas não dessa forma. Meu palpite era que Chris tinha pego a maldição da marionete para si, se isso for verdade pode se explicar o assassinato das crianças. Seus pais "possuídos" poderiam receber ordem e não poderiam desobedecer, ou, os pais obedeciam suas vontades interiores, ou, obedeciam a marionete. De qualquer jeito o segundo palpite parece mais plausível baseado no comportamento de Chris. Só preciso ter certeza de que estou certo.

— Okay, Chris você fica quietinho. — ajustei o medidor de energia e passei pelo corpo do maior, bingo, eu estava certo. — Tá, agora eu só preciso descobrir como aquela marionete age, isso vai ser difícil ainda mais sozinho.

— Sozinho? — disse confuso. — Eu estou aqui, pode mandar e eu vou fazer.

— Então eu vou mandar me contar uma coisa, você está obedecendo suas vontades interiores, está obedecendo a marionete ou está obedecendo outra pessoa? — perguntei segurando seu rosto para que prestasse atenção.

— Bin... — Disse manhoso — se eu te disser que todas as opções estão certas? — disse esfregando seu rosto no meu como um gatinho.

Merda, vai ser difícil descobrir se tinha outra pessoa por perto ajudando, seria mais difícil ainda controlar Chris que ainda se esfregava agora no meu pescoço dando beijinhos, cheiros e mordidas fracas. Maldito desejo carnal.

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Quanto mais tempo passava mais descontrolado Christopher ficava, não conseguia me concentrar com o mais velho agindo daquela forma. Talvez se eu estressasse o mais alto ele poderia tentar me matar, seria bom se tentasse mas eu não posso me dar o luxo de morrer agora.

— Chris, você só pode falar se eu mandar tá bom? — negou com a cabeça. — Não me desobedece!

Vai ser uma semana difícil caso eu não acabe com isso logo.