Cap 9. Bury a Friend

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"Try to wake up"

— Minho, preciso da sua ajuda!

— Manda ai chefe, oque houve?

— É o Chris, ele basicamente foi possuído, não é nada demais ele ta meio que agindo como se eu mandasse nele, é estranho.

— Eita pesado, Chris deixando você mandar nele sem que você faça manha? Adorei isso, os meninos não precisam de mim, só um tempinho de viagem e eu apareço aí!

— Tá, preciso desligar, o Chris tá cheirando meu pescoço igual viciado cheira cocaína.

Um tempo depois de estudar oque aconteceu com todos os pais das crianças mortas eu consegui entender direito o que estava acontecendo com Christopher, podia se tornar algo sério caso sentisse algum desejo de assassinato mas graças a deus ele só agia como um cachorro no cio. Safado!

— Você está cheiroso demais... Adoro seu pescoço, meu rosto cabe perfeitamente aqui.

Por um instante fiquei triste, sabia que esse sentimento era completamente carnal, não existia nem um pingo de amor dele por mim.

— Eu consigo sentir o seu coração.

Merda, não deveria sentir, como eu odeio essa merda.

~~

Tenho consciência de que estou sonhando, não preciso me preocupar com isso.

— Meu pequeno bin, senti tanta saudade meu filho! — era Do-yun, não entendi porque estava sonhando com isso. — Você cresceu tanto mas continua um pouco baixo! Você está lindo meu bebê. — rapidamente senti vontade de chorar, não conseguia me lembrar da última vez que meu pai me disse algo assim, senti saudade da mamãe, era ela quem botava ordem em Do-yun, sem ela o mais velho se tornava um monstro. O homem de cabelos grisalhos me abraçava tão forte que eu não conseguia respirar. — É difícil abraçar com força o suficiente para que uma pessoa fique completamente sem ar. — uma dor  enorme se instalou na minha costela, logo um barulho de algo se partindo foi ouvido, era meu osso. Do-yun tinha quebrado uma costela minha.

— Pai, isso dói muito... Por favor me solta, eu não consigo respirar! — Um desespero tomou conta de mim, eu diria que perder o fôlego é a pior sensação do mundo, ainda demoraria muito para recuperar meu fôlego devido a minha costela.

— Eu sinto muito mesmo, mas você sabe que isso deve ser feito, você sempre foi tão frágil, você vivia doente ou machucado, sempre foi um alvo fácil. Se lembra da vez que ficou quase duas semanas no hospital? Você disse que tinha sido a melhor semana da sua vida.

— Me solta! Me solta! Me solta! Para! Solta! — eu chorava repetidamente.

— Espero que um dia possa me perdoar.

Finalmente consegui acordar, minhas costelas doíam até demais, a janela do quarto estava aberta, Minho e Chris estavam me olhando preocupados. Como eu dizia que estava tudo bem? Não quero dar trabalho, já tivemos trabalho o suficiente expulsando a tal marionete do corpo de Christopher. Eles não precisam disso.

"Eles não precisam de você" foi tudo oque eu pude ouvir antes de me trancar no banheiro. Tudo parecia confuso, até mesmo meu reflexo no espelho estava confuso, fiquei me olhando por alguns minutos sem entender que estava encarando meu reflexo. Minha visão estava falhada, minhas pernas não funcionavam tão bem e eu conseguia ouvir alguém me chamar, mas não importava.

Ghosts - BinchanOnde histórias criam vida. Descubra agora