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Maria Luiza💖 ( Laís)

Respiro fundo e conto até três antes do sair do Uber.

O capitão nascimento me passou as coordenas hoje por mensagem.

Me mandou o endereço também e logo depois de conversar com ele, apaguei o seu contato.

Não quero correr risco nenhum!

A partir de agora e somente eu e Deus.

Ando até a entrada do morro com as minhas malas e tento agir naturalmente quando vejo dois homens com fuzil atravessado andar até mim.

- Bom dia princesa. - o homem moreno e um pouco magro diz - O que devo a honra?

Ele está me fazendo sentir nojo.

Coloco um sorriso no rosto e digo: - Sou a moça que vai ficar na casa da Vitória.

- aah a patroa deixou nós avisado - o outro homem que tava quieto até agora diz.

Patroa? Será que ela e casada com o dono do morro?!

Eles abrem caminho pra mim passar e em seguida me ajudam com as malas.

Vou seguindo eles até chegar em uma casa simples da cor azul.

- Laís!!! - uma mulher simpática corre até mim e me abraça - E um prazer te conhecer pessoalmente! Sou a vitória - ela sorri.

Ainda tenho que me acostumar com o "Laís"

Sorrio pra ela de volta.

- Estava ansiosa pra vim! Sabe como e né, sair das asas dos pais.

Digo tentando parecer verdadeira.

- Sei bem, meu irmão e um chato! Foi difícil conseguir sair fora - ela ri.

Vitória me chama pra entrar e eu sigo ela.

Ela me mostra a casinha.

Que por mais simples que seja e linda.

Vitória também me explicou como vai ser o pagamento do aluguel e eu logo do um adiantamento de 5 meses.

- Nossa, você trabalhava em que? - ela diz enquanto conta o dinheiro.

- Fazia uns bicos por aí, mas sempre juntava o meu dinheiro - sorrio - Esse dinheiro aí e bem suado.

- Admiro gente assim pow.

Vitória parece ser uma pessoa de bom coração e só de pensar que tudo que eu disse foi mentira me dói.

Mas tenho que colocar na minha cabeça que estou aqui a trabalho.

Não posso me apegar a ninguém daqui!

Porque quando a verdade for revelada todos vão querer me matar.

- Vou te deixar a vontade pra arrumar suas coisas, se precisar de algo e só me chamar. - ela diz e me dá dois beijos na bochecha.

Observo a Vitória indo embora e começo a arrumar minhas coisas.

O capitão nascimento até que escolheu uma casinha boa.

Nem muito acima do morro e nem lá embaixo, diria que está em um ponto específico.

E a casa já está mobiliada, menos uma preocupação.

Abro minha mala e começo a tirar minhas roupas de lá.

Começo a dobrar mas paro logo quando escuto um barulho vindo da sala.

Meu corpo fica em alerta e vou andando devagar pelo canto da parede.

- Oh de casa - ouço palmas.

Conserto a minha postura e saio do pequeno corredor.

- Oi?

Digo confusa, como esse homem conseguiu a chave da porta?

Ele me mede de cima abaixo e eu seguro a vontade de revirar os olhos.

- Falae madame, preciso da uma geral nas tuas coisas. - ele diz sério.

- Como?

Eu já sabia que iria passar por uma revista, por isso deixei o equipamento na minha mãe.

Não iria dá um mole desse.

- Ordenes do chefe, vou só ver se tu tá limpa.

Ele anda até a minha direção e eu do passagem pra ele.

Cruzo meus braços e o observo mexendo nas minhas malas e nos armários.

Após uns 20 minutos ele volta pra sala.

- Tu tá limpa! Foi mal aí a invasão. - ele diz meio sem graça.

- Tá de boa, a Vitória me informou sobre isso.

O homem apenas balança a cabeça e saí da casa.

Será que eles tem a chave da casa de todos os moradores?

Que invasão de privacidade.

OUTRO PATAMAR ( PAUSADA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora