OUTRO PATAMAR ( PAUSADA )

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Maria Luiza ( Laís) 💖

Conhecer essa versão do cabelinho me deixou meio emotiva demais.

Gostei de conhecer um pouco mais dele.

E o pior que sinto vontade de conhecer mais, sinto vontade de saber tudo sobre ele.

- Qual foi mandada? - ele pergunta enquanto faz um carinho na minha perna.

Acabei passando o dia todo aqui com ele.

Um erro, mas foi bom.

Fiquei deitadinha com ele fazendo carinho em mim e de vez enquanto rolava uns amassos, mas não passava disso.

- Acho melhor eu ir embora, tá tarde já - levanto da cama e começo a catar minhas coisas.

- Ih relaxa aí pow - ele segura o meu braço.

Bem que eu queria Vitor! Queria poder ficar contigo agarradinha.

Mas no momento estou me sentindo culpada por ser uma mentirosa com você.

Puxo meu braço de volta e pego a minha bolsa que está na instante.

- Namoral Laís! Tu é mó surtada, nos tava de boa aqui. - ele diz irritado.

- Não tô afim de ser uma das suas putas cabelinho, esquece tudo que já rolou.

Preciso me afastar dele antes que a bomba estoure.

Sinto que estou brincando com os seus sentimentos e não quero isso.

- Porra! Que mina complicada - ele levanta - Porra Laís, só tratei tu desse jeitinho, fiquei o dia todo com tu, nós no maior love e tu mete uma dessa do nada. - ele anda até mim.

- Não vem com essa! Esse papo tu usa com todas. Mereço uma coisa certa - reviro os olhos.

- Ah vai tomar no cu então.

Ele sai do quarto e bate a porta com força.

Me sento na cama e começo a chorar.

Choro pela minha amizade com a Vitória.

Choro por ter criado um sentimento pelo Cabelinho.

E choro por ser tão fraca ao ponto de me apegar fácil nas pessoas.

Nunca deveria ter aceitado essa missão, deveria ter recusado.

Mas agora já aceitei e preciso ir até o final!

Enxugo minhas lágrimas e desço a escada da casa.

No sábado terei a gravação que vão poder usar contra ele.

E tudo isso vai acabar.

Nunca mais vou ver ele e vou concluir meu trabalho com sucesso.

- Laís? - ouço a voz da Vitória.

- Oi Vi!

- Dormi tanto que nem sabia que você tava aqui - ela diz rindo.

- Passei o dia todo aqui - sorrio.

- Você tá bem? - ela pergunta meia preocupada.

- Tô ótima! Mas já tenho que ir embora, amanhã a gente se fala.

Vou até ela e do dois beijos em seu rosto.

Não vou vê lá amanhã, e acho que nem nunca mais.