08

1.3K 79 7
                                    

Cabelinho👑

Tava curtindo a minha onda Namoral.

Várias gatas querendo o pai aqui!

E tive que parar a minha diversão por conta da mandada da minha irmã e a amiguinha nova dela.

- Namoral - bato a porta com força assim que as duas entram.

Assim que entrei no carro guiei as duas pra minha base.

- Tu já tava no erro Vitória! Ainda vem me aprontar uma dessa?! Qual é a porra do teu problema? - seguro no braço da minha irmã e balanço ela.

Vitória tá bêbada como sempre, parece que só anda assim.

- Me solta caralho! - ela se debate.

- Você não ouviu? - viro meu rosto vendo a Laís - Ela pediu pra soltar!

A mina vem na minha direção com tudo e me empurra.

Caralho essa garota tá querendo arrumar confusão.

- Se tu encostar mais um dedo em mim eu te como na porrada - seguro o rosto dela com força.

- Tu tá achando que vou ter medo de você? Vem na mão que nós vê quem vai sair perdendo. - ela solta uma risada debochada.

Diaba do caralho!

Solto o rosto dela e cruzo os braços.

- Tu não tá falando com qualquer um não, melhor tu ficar ligada!

Laís apenas vira as costas pra mim e vai até a Vitória.

- Você é um monstro Vitor! Um monstro... - ouço Vitória dizer entre soluços.

Papo reto, ela sabe que ouvir isso me afeta.

Decido nem da mais papo nas malucas.

Apenas subo a escada e me tranco no meu quarto.

Agora e só eu e meu verdinho.

.....

Maria Luiza (Laís) 💖

Que ódio! Aquele nojento, babaca!

Minha vontade era de socar a cara dele todinha.

Se acha o fodão.

Vou ter o prazer de deixar ele mofando na cadeia.

- Desculpa por isso... - Vitória diz um pouco mais calma já.

- Tá tudo bem! - sorrio - Vem levanta daí e vai tomar um banho.

Ela se levanta e enxuga o rosto.

Ainda não consegui entender muito bem a relação desses dois, tem hora que parecem que se amam e na outra querem se matar.

Vitória sobe a escada que acho que dá para os quartos e me deixa sozinha na sala.

Aproveito esse momento pra prestar atenção até nos mínimos detalhes dessa casa.

Do uma boa olhada nos portas retratos.

Só tem fotos de família e algumas do cabelinho.

Ouço barulhos de passos na escada e me sento no sofá.

Vitória aparece com um pijama e de banho tomado.

- Eu vou ir deitar - ela diz - Preparei um quarto de hóspede e deixei uma roupa minha lá pra você.

Ela faz sinal pra que eu acompanhe ela.

Subo a trás da mesma e ela me guia até o quarto.

- Obrigado Vi! Vou tomar um banho e deitar já.

- Eu já tô indo, cansei dessa vida - ela ri - Boa noite Laís.

- Boa noite.

Espero ela entra em um dos quartos e em vez de entrar no banheiro começo a entrar em umas portas.

Talvez essa casa tenha algo, drogas ou armas.

Qualquer tipo de coisa que possa ser aprendida.

Entro no primeiro e não encontro nada.

Entro no segundo e também não vejo nada.

Mas quando entro no último no fim do corredor minha atenção vai pra uma parede que está um tanto "suspeita".

Me aproximo até ela e passo a mão por cima.

Isso aqui não é uma parede, puxo um quadro que está pendurado na mesma e vejo uma tranca.

É um cofre!

- Tão óbvio - reviro os olhos.

Só falta a senha.

O que será que ele guarda aqui?

Talvez dinheiro que ele consegue com as drogas, ou as armas.

Sempre soube que as armas daqui são pesadas e a maioria vem lá de fora.

Ouço um barulho de porta abrindo e coloco logo o quadro no lugar.

Ando em passos rápidos pra sair daquele quarto mas esbarro em alguém.

Merda! E o cabelinho.

Ele me olha com uma cara desconfiada e depois olha pra trás de mim.

- O que tu tá fazendo aqui? - ele cruza os braços.

Tento disfarça meu nervosismo e digo : - Tava procurando o banheiro.

Levanto a muda de roupa que está comigo.

Ele continua com um olhar desconfiado sobre mim.

- Dona Vitória não serve pra nada mermo. - ele coça a nuca - Bora mina vou te mostrar onde é.

Mordo o lábio e sigo ele.

Cabelinho anda na minha frente e consigo ter uma visão das tatuagens dos braços dele.

Esse homem e todo tatuagem, deus me livre.

- Tu tá gostando da visão?

Sou pega de surpresa pela voz dele.

- Só admirando esses rabisco. - do de ombros.

Ele encosta na parede perto da porta do banheiro e ri pra mim.

- O pai é pintoso - ele ri.

Reviro meus olhos.

- Boa noite cabelinho. - digo e entro no banheiro.

OUTRO PATAMAR ( PAUSADA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora