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Cabelinho👑

Entro na minha casa e subo direto pro quarto onde encontro um policial apontando a arma pra minha irmã.

- Solta essa porra! - grito.

O policial vira pra mim e aponta arma na minha direção.

- Eu mandei soltar! - destravo a arma.

Vitória começa a chorar e eu olho pra ela.

- Vitor é a Laís! - ela diz entre os soluços.

Um ódio sobe sobre mim e só me dá mais vontade de apertar aquele gatilho.

Filha da puta!

Ainda teve coragem de subir aqui de novo.

Ela tira a toca preta e me encara.

- Não vim aqui pra fazer nada! Vim pra ajudar. - ela começa a falar.

- Como vou acreditar em tu? - sorrio - Tu e uma vadia do caralho! Brincou com o sentimento de todo mundo.

Abaixo a arma e ando até encostar o meu peito na ponta da arma dela.

- O que você tá fazendo? - ela pergunta.

- Atira Laís! - pressiono meu peito contra a arma e vejo um nome na farda dela. - Ou melhor Maria Luiza, o que mais você mentiu pra mim?

- Vitor para com isso! - Vitória grita desesperada.

- Não porra! Termina a merda do teu serviço Maria Luiza! Atira caralho.

A mina a minha frente começa a se desesperar e eu pego a arma dela e jogo pra longe.

- Sabe o que você é? Uma puta, uma pessoa fraca que não serve pra nada! - puxo o cabelo dela e seguro ela perto do meu rosto. - Tu deve ser tão sozinha, tenho pena de tu Maria Luiza.

Puxo mais o cabelo dela e ela geme.

- Tu vai querer como o seu novo corte? X9 fica careca na favela. - falo pertinho do ouvido dela.

- Cabelinho não precisa disso...- a Vitória se mete.

Olho pra minha irmã por um segundo e quando vejo já estou no chão.

Filha da puta, me deu uma banda.

Ela puxa o fuzil das costa e mira em mim.

- Eu poderia matar os dois! Poderia acabar com isso de uma vez só! - ela grita - Mas porra.... Tu tem razão! Sou uma pessoa fraca, a qual se apega rápido demais e começou a sentir coisas pela pessoa que deveria prender! - ela diz rindo - Por isso eu tô aqui porra! Pra ajudar vocês.

Observo os movimentos dela e ela tira uma pasta de de baixo da farda.

As palavras dela parecem ser sincera, mas isso não muda os erros que ela cometeu.

Ela joga a pasta pra mim.

- Tá tudo aí, tudo que eu gravei, todos os relatórios! - olho pra ela assustado - Chama o Borges, eu ajudo vocês a sair daqui.

- Não vou meter o pé e deixar tudo na mão dos cana - digo irritado.

Ela nega rindo.

- E tão orgulhoso que não pode aceitar a minha ajuda? Se liga Cabelinho tá tudo cercado e a única chance de você sair daqui vivo. - ela diz e abaixa a arma.

OUTRO PATAMAR ( PAUSADA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora