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Maria Luiza 💖

Ver o Cabelinho depois de tantos anos me causou uma sensação estranha.

Ele tá do mesmo jeitinho, só tem algumas tatuagens a mais.

Achei que ele iria me tratar de uma maneira diferente, me tratar mal.

Mas fui surpreendida com o seu amadurecimento.

- Tu veio sozinha? - ele pergunta.

- Vim com um amigo meu, mas acho que já vou meter o pé.

- Quer uma carona? Acabei o show já - ele dá de ombros.

Mordo meu lábio e olho pra ele.

Uma carona não vai fazer mal.

Balanço a cabeça positivamente e ele faz sinal pra que eu o siga.

Tô meia desconfiada dessa reação dele ainda.

Vai que ele me mata dentro do carro, pra ninguém ver.

Cabelinho destrava o carro e abre a porta do passageiro pra mim.

Entro no mesmo e me sento.

- Tu tá tensa - ele diz quando liga o carro.

- É estranho! Sei lá, pensei que você ia me matar.

Ele nega rindo.

- Tô na maior paz, quero guerra com ninguém pow.

O encaro por um, droga ele continua um pedaço de mal caminho.

- Tira foto que e melhor! - ele diz rindo e me olha rápido.

- Se fuder - resmungo e me viro pra janela.

Ouço a risada do cabelinho mas não me viro pra olhar.

Sinto sua mão em minha coxa e levo um susto, viro me rápido para olha ló.

- Tu tá mais bravinha agora - ele faz círculos em minha perna - Isso e parte da Maria Luiza? - ele diz rindo.

Do um tapa na mão dele.

- Nem te dei liberdade pra isso - digo debochada.

- Preciso perdi permissão? Logo eu? O amor da tua vida - ele diz cínico.

Não me aguento e começo a ri.

Aí que merda senti saudade dele!

Melhor eu segurar a emoção antes que eu me iluda demais.

Já faz muito tempo,as coisas mudaram.

Não é como se ele se sentisse atraído por mim ainda.

O silêncio preenche o ambiente, e o clima fica agradável.

Cabelinho cantarola uma música baixinha enquanto batuca o dedo no volante.

Encosto minha cabeça na janela no carro e fico pensando em tudo.

Como a vida e engraçada né.

Nunca que eu imaginaria estar com ele novamente e nem imaginaria ela sendo um cantor de rap.

Me distancio da janela quando ele estaciona o carro.

- Obrigado - digo e sorrio pro mesmo.

- Passa teu número pow, pra nós manter contato. - ele diz com um sorriso no rosto.

Arqueo a sombrancelha pra ele e o mesmo ri.

Pego meu celular no bolso e digo: - Me passa o seu que eu vou pensar se te chamo - sorrio.

Ele nega rindo e pega meu celular.

Ele digita o número e me devolve.

- Te vejo por aí - digo e abro a porta.

OUTRO PATAMAR ( PAUSADA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora