La loba - Peter Hale TW

3/11 - Tudo bem, tudo ok

Boa leitura...

Lyra

- Está tudo bem, Peter - digo pela quinta vez.

Tudo bem que eu acordei apavorada e ainda estou, pois não é todo dia que você é trancada em sua mente e torturada com pesadelos infinitos.

Não contei e não vou contar a ninguém, foram coisas que prefiro enterrar no fundo da minha mente e nunca mais ver ou lembrar.

- Peter - chamo mas ele está emburrado esperando minha mãe chegar - Amor, vem aqui, por favor.

- Não - dou um sorriso de lado.

- Vem logo.

Ele se aproxima ainda emburrado, mas me abraça mesmo assim.

- Nosso plano vai ter que esperar - diz me apertando mais contra seu peito.

- Daremos um jeito, as coisas precisam se acalmar primeiro.

- Quer falar sobre?

- Não. Eu preciso esquecer tudo o mais rápido possível.

- Sua mãe vai te fazer um interrogatório - O olho confusa - Espero lá fora. Amo você.

- Amo você.

- Pequena loba - me chama antes de sair.

- Sim?

- Nem mesmo a morte vai separar a gente.

- Nem mesmo a morte - repito e ele sorri.

Assim que ele sai, minha mãe entra. Ela me lança aquele olhar acusador de quando você apronta, mas deixa algo escapar e seus pais descobrem.

- Pode ir se explicando.

- Qual parte? - tento aliviar o clima, mas ela me olha feio.

- Tudo, mas primeiro, aquele psicopata lá fora.

- Não fala assim dele, mãe - Ela cruza os braços e se senta na cama - Ele é meu companheiro, isso acontece no mundo sobrenatural. A gente não escolhe quem vai ser, só acontece e sempre tem motivos. Seja para um ser a âncora do outro ou sei lá.

- Mas ele?

- Sim, ele. E eu amo ele. Embora quero mata-lo 20% do nosso tempo.

- E quando ia me contar?

- Ontem - paro e penso um pouco - ou antes, não lembro, nem sei quanto tempo tem que isso está acontecendo e nos atrapalhou.

- Querida, você tá passando por tanta coisa - diz me abraçando.

- Eu só queria que... não sei, em algum momento as coisas simplesmente fossem normais.

- Nem fora do mundo sobrenatural as coisas são normais, filha. Eu estou orgulhosa de você.

- Mãe sobre aquela vez...

- Tudo bem. Eu me assustei, não imaginava que meus filhos eram lobisomens, mas eu não estava com raiva de você.

- Eu estava com medo de ter te magoado.