Borboletas voando
Por minha mente.
Eu não quero
Que suas asas me cortem.
Suas mãos andando
Na pele fria que sente.
Eu não quero
Que meu rosto elas encontrem.
Dispenso que as águas me afoguem
Ou que os ventos me sufoquem.
Pássaros fazendo seus ninhos
Nas grandes árvores,
Enquanto os ventos e redemoinhos
Destroem essas árvores.
Espero que as borboletas
Não me façam chorar
Nem que os seus olhos
Me façam querer te amar.
Espero poder organizar
Meus pensamentos,
No momento em que
Meus cabelos eu amarrar.
Anseio que os olhos negros
Percebam meus desejos
E que os meus cabelos crespos
Se desenrole dos seus dedos.
Sinta minha voz,
No som do teclado.
Veja meus dedos dançar,
Minhas mãos se deslocarem de lugar
Enquanto tento à nota certa tocar.
Veja o prazer
Ao me ver fazer
Aquilo que me faz preencher
O vazio dentro do meu ser
E faz sumir por hora
A minha vontade de não mais viver.
Todas notas
Me fazem esquecer
Todos os sons
Me me fazem a noção do tempo perder
E a melodia me faz perceber,
Que mesmo que você vá
Eu ainda vou querer viver.
Mesmo que me deixe,
Eu ainda vou sobreviver.
Porque eu vivo
A base de notas
Eu respiro às teclas
Eu me alívio tocando nelas.
Tocando as notas certas,
E na melodia completa
Me crio de forma direta
Amo de forma concreta.
Ao tocar vivo de forma
Diferente, ardente e suficiente
Para me fazer respirar.
Coisa essa que você
Nunca vai me tirar,
Mesmo se me abandonar.
Porque quando eu começar a tocar
Meu ser vai transbordar
E você, insignificante se tornará.
"Ela disse ao cavalheiro:
— vividamente te amarei, porém
No momento em que tu me deixares
Rapidamente te esquecerei."
"Eu diria:
— eu matarei cada parte de você.
Não ouse aparecer."
"Você nunca saberá quantas vezes eu disse que te amo, sem ao menos está frase proclamar."
