Minto

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"Víbora venenosa
De pele escamosa
Que me faz ficar desejosa
Por tua boca enganosa."

Roubaste minha inspirando
Minha mente e noção,
Porém, não meu coração.

Pena...

Os olhos oblíquos
Em um ser obtuso.
Os cabelos negros
Embora, não reclusos.

Encantam minha visão
Tiram de mim, minha única razão.

Paixão?
Como o próprio nome diz
Ela é apenas passageira.
Algo que não quis,
De nenhum jeito e maneira.

Caráter duvidoso
E um ar misterioso,
É no fim desgostoso
E um tanto quanto vaidoso.

Sem muita emoção
Ou algum tipo de ligação.

Só uma adrenalina.
Que alucina, como o fim
Do efeito da  morfina,
Para mim é assim.

Toda essa sensação é oque me faz querer ser sua perturbação.

Finge ser um louco psicopata
Acho de todo modo, uma graça.

Não me é intencional
Gastar muitas palavras.

Mas, lembro-me de tempos
Os quais tu não lembras...

Tens um gosto peculiar,
Mas não sei se mentiu ao falar.

Um péssimo hábito
De com corações brincar.

Não falo por mim.

Envolto no ódio sórdido
De algo raso e mórbido.
Me perco de novo nos olhos,
Não reclusos e obtusos.

Pensei demais em escrever
Todavia não em você.
É estranho querer te ter
Mesmo não desejando você.

"Controvérsias me fazem entender... "

Das mil profundezas
E nas infinitas destrezas,
Morrer com delicadeza
Até o coração parar.

Exagero ou desespero.

Um vagante inconstante
De fato um ser muito interessante.

Porém vivo,
Existente e homem.

Vagueio e tento pensar
Além da falsa personalidade
Que antes me mostrara
Não há afinidade,
Nem nada para negar.
Há complexidade,
Em encontrar a realidade
Antes que novamente me perca
Na vasta imensidade
De me embriagar.

" de mim
Minha ilusionista
Aí de teus olhos
De agonia.
Minha menina quieta e fria"

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