Odeio-te! meu amor

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" — eu te amo! — disse me olhando.

a culpa não é minha — virei-me para a porta. — aprenda com os seus erros, e isso nunca mais se repetirá — "

A faça querer te matar
Mesmo sem motivos
Faça te odiar
Mesmo que por rápidos minutos

A faça alguma coisa sentir
Pois você fez o seu amor dormir.

Cansada de todos seus sentimentos,
Infelizmente pra ela
Você é um tormento.

Seu amor
Sua raiva
Sua tristeza
Ou frieza
Já não faz diferença
Já não afeta a mesma.

Faça sol ou se faça chover,
Faça sorrir ou se faça morrer,
Faça lágrimas ou amor,
Já não é a mesma que te amou.

E a culpa não é dela,
A culpa não é sua.
Coisas perdem o sentido na vida,
O amor também se acaba um dia.

Não à force te amar,
Não peça para a mesma ficar.
Você só vai a ela sufocar
De certo, não há mais amor para dar.

Era lindo.
Tinha sentido.
Era vivido.

Mas almas que são iguais
Amam de formas diferentes
Não vivem de certa forma em paz
E mentem de forma convincente.

Palavras de amor
Se tornam puro ardor
Olhares de fervor
São na verdade rancor
Mágoa e pavor, sentimentos vazios cheios de amargor.

Viva a enganação do amor!

As flores desta floresta
Parecem não ter pressa,
Mas sempre estão em alerta
Caso algo aconteça.

Liberte minha rosa,
Pare de ser um idiota.

Vejo nos olhos castanhos
Um químico como estanho
Um tóxico como metano
E algo inexistente
Como o vibrânio.

Há no sorriso o gosto de sangue
E no abrigo o medo de antes
E tudo está tão inebriante
À bebida, tão Embriagante
O sentimento acelerante
Torna tudo tão apavorante
Que me faz querer correr para tão, tão, tão distante...

De ti.

"... Nas roseiras há espinhos
Dos mesmos adquirisse veneno
A qual usas para afastar os mocinhos
Que seguem te querendo."

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