"Parece que aflorou em mim e em você
Aquela vontade danada de morrer"O vazio infinito que se esqueira
Nas cavernas escuras.O som das árvores
É tão vago e calmante,
Quando o vento passa
E as folhas movimenta,
Tudo para em tormenta
E o som que passa é inebriante.Queria eu que esse som
Calasse o barulho irritante
Do qual me é errante,
Fraco e constante.Os pensamentos oscilantes
E os barulhos Perturbadores
Que a vida me traz
E que sua voz faz.Voz, vozes...
Vozes e mais vozes
Plantam em mim agonia
Nessa vasta correria
De viver e respirar.Vozes, vozes e mais vozes
Vem a me perturbar,
Sem limites, judiar.Desolar e matar,
A calmaria que antes me consumia.Vozes, vozes e mais vozes
Não querem parar,
Alguém por favor
Venha me resgatar.Vozes, vozes.
Estou a divagar.
Vozes, vozes.
Por favor faça parar.
Vozes,
Vozes... elas querem me matar.