Tal como as folhas das árvore,
Sentem o calor do sol.
Tal como as plantas,
Sentem suas raízes no chão.Tal como o ar movimenta
Com maestria as árvores.
Tal como a chuva irriga
As secas terras em seus interiores.Tal como as gotículas de águas
Se fazem sentir no tecido da pele.Sinto eu.
Sinto eu os ventos
Traiçoeiros
Sinto o calor do sol
Me atingindo e aquecendo.
Sinto
Às gotículas de água em minha pele
E o frio que nelas estão inertes.Sinto também eu
A dureza deste mundo.
Também a fraqueza dos moribundos.
Toda a dor bem no fundo
Se esqueirando sem rumo.As más palavras que cortam o ar
A ponto de corações danificar.Ações que nos mostram
O quanto desbotam as flores.
As flores de nossos sentimentos
Se tornam os frutos do nosso tormento.E voltamos, e volto a sentir...
Não só as minhas,
Como as tuas dores.
Não só os meus,
Mas os teus horrores.Se eu pudesse somente
Sentir a mim.
Viveria eu contente?Igual as pequenas sementes?
Que se infiltrando no solo e
Expandem-se.
Que sentindo o calor
Vivem, respiram, transpiram, nascem um novo ser.Enganosa é essa esperança,
Poís tardia vem a lembrança...Do que sinto
Do que senti...E tu pensavas que eu não entendia
Que era indiferente ao que tu sentia.Mal sabendo que senti
E sentia...As tuas lágrimas
Que no teu rosto
Quente desciam.Eu senti.
O quanto queimavam
O quanto doíam
O tanto que tu sofrias...E em meu peito doía
No meu coração ardia
Em meu ser eu escondia
As tuas lágrimas e agonias
Quente e vazias
Que em mim, me entristeciam." Mas mesmo sofrendo assim
Pergunto-me;Quem sentiria por mim?
As lágrimas que senti.Quem se entristeceria por mim?
No dia e na tarde ao seu fim.No mundo de egoísmo
Onde todos fecham as portas
Me pergunto;
Quem se importa? "