E riem as grandes vozes.
Tripudiai Ó! almas.
Desgraçai seus olhos, vozes estridentes.Satirize os sentimentos dela,
Desdenhe de seus tormentos
Despreze.Despreze...
DESPREZE!E caí as lágrimas.
Ah quantas más palavras.
Ah! Quantas lâminas e farpas.Ah quantas dores...
Saí ela nos vestidos rodados,
Rodeados de tanto julgamento.Desce águas salgadas
Que no mar não faz falta.
Flui rio em correntes
E molha os tecidos da pele.Por que dói, se não dizia?
Por que choras, se não ardia?Ó amada que sofres.
Ó amada que não dormes.
Teu amor,
Teu amor morreu.Teu choro nos lençóis se perdeu
Ó amada da noite
Que sofres constantes açoites.
Ó amada sem sorte
Pra ti não há paz que volte...A pele fina, delicada e cortada.
Ó amada que chora na noite calada.Por que gritas em silêncio?
Por que escondes teu tormento?Ó amada.
Ó amada...
Amada torturada, e amargurada
Da vida vaga.
Vives naufragada,
Na constante graça de se flagelar.Choras flor do campo
Que esconde o desencanto
E sorri os enganando
Dizendo que bem estás.Perturbada, magoada.
Matada sempre que estás acordadaMórbida está de alma...
Agora gritas em silêncio,
Choras neste momento
Pensando em se deixar." É mais fácil quando durmo... "