Dissimulação

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"E o silêncio vai."

Me envenenar é um conflito constante
Aquela rotina mórbida e degradante.

Desejar é como me matar
Minha mente sabe que não sei te amar,
Mas meu coração deseja se enganar.

Um vício
Uma lástima
Um ser lascivo
Uma praga.

Aquele é chamado de saudade,
Ela é a pura realidade.
Aquilo é um grande perigo,
O fato me pós em grande risco.

Quem dera eu ser como você.
Desprendida,
Vazio,
Desatenta,
Despreocupado.
Sem nenhum foco ou laço afetivo
Como uma cobra, amado, amiga.

Ver teus olhos,
Rir teus risos,
Desejar com ódio e
Chorar inundado de vazio.

O que me dói é estar,
Ficar e continuar.
Feliz seria se pudesse te abandonar.

Quão vazia não és?
Criatura morta em vida,
Decidiu se abandonar e viver ferida.
Então morra,
Se perca.
Morra.
Morta criatura, fraca e de mente perdida.

Nem os cachorros correm tanto,
Nem os idiotas permanecem.
Espero que se afogue no seu pranto
E perceba que todos te esquecem.

Quanto prostituição de um coração.
Inebriante e doce é sua compreensão,
Fria a mesma te mata e te deixa no chão.
Quão vazia meu bem é o seu coração?

Seu início em risos
Ficou perdido
E se destilou pelos rios
Até em choro se findar
E não acabar... não acabar
Até te matar.

"Eu te amei criatura perdida
Viva bem e nunca escondida
Até que os rastros das suas lágrimas venham a te afogar"

Prometo que te matarei, confie em mim.
Mesmo que aqui vivas.
Te matarei, te desgarrarei,
Eu mesma te envenenarei
Criatura insípida.

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