The rebel angels will fall - Supernatural

De volta as raízes

Quando a escuridão deu lugar a luz, eles já estavam muito longe da cidade e Celine pôde vislumbrar a imensidão branca à sua frente. A neve cobria todo o arredor, desde o chão a copa das arvores e a alta fortaleza de pedra que se erguia a sua frente. A visão do castelo medieval acalentou seu coração ferido, era como o ultimo resquício de seu tempo, protegido da era contemporânea.

- Quais feitiços de proteção vocês usam? - Ela perguntou aos amigos, ainda encarando a construção centenária a sua frente.

- Todos. - Natasha respondeu, arrancando um sorriso singelo da amiga.

Eles caminharam em direção as enormes portas de aço e ela pôde observar melhor as runas gravadas no metal: dezenas de runas de proteção, runas que identificavam bruxos, as runas do feitiço de imortalidade, gravadas ali como um símbolo do que eram. E, bem no centro onde as portas se conectavam, a runa dos anjos.

- Foi assim que te encontramos. - Dimitri comentou, seguindo seu olhar. Ela levou a mão até a porta e deixou que pairasse sobre a runa, que diferente das outras, emanava um sutil brilho florescente.

A porta se abriu imediatamente ao mínimo toque de seu indicador, Celine deixou escapar uma risada surpresa - Runas de identificação.

Eles cruzaram a porta, entrando no salão principal e, no momento em que passaram pelo batente, a porta se fechou atrás deles sem que tivessem que fazer nenhum único movimento. Dimitri passou o braço por seu ombro e sorriu - Bem vinda ao lar, irmã.

Ela lhe devolveu o sorriso, por mais que tentasse impedir era impossível negar que se sentia em casa aqui. Seu olhar se moveu para as gravações no teto em formato de abóbada, completamente coberto por imagens dos deuses. No centro, a Deusa e o Deus e ao redor representações dos incontáveis deuses antigos.

- Vem, você deve estar congelando.

Ela os seguiu pelos enormes corredores, tentando memorizar o caminho para que pudesse voltar sozinha depois. Novamente eles cruzaram uma enorme porta de aço, dessa vez já aberta.

O cômodo era aconchegante, com três grandes poltronas de couro vermelho dispostas em um meio círculo ao redor da lareira. Uma pequena mesa de centro no meio acomodava velas e livros empilhados. Celine se sentou à esquerda da lareira, deixando que o calor do fogo a aquecesse.

- Você disse que me acharam pela runa dos anjos, como?

Dimitri, que ocupava a poltrona do meio, puxou a manga da blusa e estendeu o braço em sua direção. A runa brilhava em vermelho assim como a sua.

Claro, todos estavam em perigo então.

Ela balançou a cabeça - Foi um erro terem me trazido aqui. Todos vão estar em perigo se eu ficar.

- Nós estamos mandando as crianças para um lugar seguro, os outros vão ficar e lutar ao nosso lado.

Celine ergueu o rosto para encarar a amiga - Não posso permitir que mais inocentes se machuquem por minha causa.

- Não é por sua causa Line, todos aqui estão cansados de terem que se esconder, de viver com medo de que um dia os anjos decidam acabar com os bruxos novamente e façam aqui o mesmo que fizeram no Quieve.

- Nós queremos uma chance de ganhar nossa liberdade novamente há séculos Celine Winchester, você apenas a trouxe até nós.

A loira se sobressaltou com a voz desconhecida, se colocando de pé imediatamente. O responsável pela fala estava parado na porta do cômodo, era um homem alto e de estatura forte com cabelos prateados penteados e pele morena para cima.