Um anjo do século V

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Celine já não aguentava mais ficar ali, parecia que ela estava deitada na cama na mesma posição por séculos.

E ela nem mesmo sabia quanto tempo havia se passado já que o relógio possuía números estranhos que ela não conseguia identificar

A garota se levantou da cama e andou até a pequena "cozinha" do quarto, que consistia apenas em uma pia, uma mesa de quatro cadeiras e um retângulo de metal com botões que ela não sabia para que servia ou mesmo o que era

Ela suspirou, não tinha outra alternativa a não ser esperar até que o loiro voltasse

...

Quando Dean voltou para o quarto do hotel já era de manhã, ele abriu a porta com cuidado, esperando encontrar Celine dormindo, mas se surpreendeu; ela estava sentada na mesa da "cozinha", a cabeça apoiada em uma mão, enquanto com a outra batucava os dedos na mesa

- São cinco horas da manhã.

- Bom dia - A resposta não passou de um murmúrio

Dean colocou as sacolas sob a mesa, analisando-a antes de se sentar

- Não conseguiu dormir?

- Minhas costas doem... - Saiu mais como um lamento do que qualquer outra coisa, mas ele podia imaginar que cortes daquele tamanho realmente deveriam doer como o inferno.

O loiro tirou os dois copos de café da sacola de papel e empurrou um para ela - Vai ajudar com o sono - Depois tirou dois pedaços de torta de maçã, mais uma vez empurrando um para Celine.

Ela aceitou ambos sem questionar nem mesmo o que era, e ambos começaram a comer em silêncio

- As roupas que Bobby conseguiu para você vão servir até nós comprarmos novas, você também vai precisar de... coisas de garota.

Ela levantou a cabeça e ofereceu um sorriso fraco para ele, no geral, ela parecia fraca.

- Obrigada Dean. Por tudo o que você está fazendo por mim...

O loiro fez um gesto com o garfo, dispensando o agradecimento

- Não é nada. O dinheiro não é meu de qualquer forma, o cartão está no nome de 'Senhora Dickens e seu filho, Jeremy.

Ao menos isso a fez rir um pouco, e diminuiu o clima estranho. Logo Dean voltou a falar - Eu achei um caso aqui perto, nada grande, provavelmente só um espírito com assuntos inacabados.

- Então nós só temos que salgar e queimar - Celine parecia mais interessada no café do que na torta, ao contrário do loiro que a devorava

- Nós? Eu acho que não. E como você sabe o que tem que ser feito para despachar um espírito?

- Eu conheci um caçador a algum tempo, o foco dele era vampiros, mas as vezes nós tínhamos que lidar com outras coisas. E sim, nós, você não vai me deixar aqui enquanto faz toda a parte divertida.

- Primeiro, nós temos que rever seu conceito de diversão, - Dean apontou para ela com o garfo - e segundo, parece que você vai desmaiar a qualquer momento, não vou te levar para uma caçada de jeito nenhum.

- Eu estou apenas... me adaptando a ser uma humana, e provavelmente pareço pior do que realmente estou já que não dormi durante a noite.

- Não.

- Dean, eu estou bem. Realmente, assim que eu dormir um pouco já vou parecer muito melhor.

- É o que nós vamos ver - O loiro terminou de comer seu pedaço de torta e se levantou.

- Isso é um sim? - Agora ela parecia animada, e voltou a comer a torta

- É um talvez. Se na próxima cidade não parecer que você vai cair para trás a qualquer momento, então talvez você possa vir comigo.

Celine concordou com a cabeça, sabendo que iria dar um jeito de fazer com que ele deixasse com que ela fosse junto.

The rebel angels will fall - SupernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora