Save the children

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Celine observou com a sobrancelha arqueada enquanto os dois se preparavam para entrar na casa do casal, parecia que estavam tentando esconder todo o arsenal no corpo.

- Nós vamos invadir uma casa ou lutar uma guerra?

Dean verificou a trava da arma e a prendeu no cós da calça - Temos que estar preparados para encontrar qualquer coisa lá.

Ela assentiu, ainda encostada na mesa do quarto deles, onde estava desde que chegaram - Claro, quer que eu pegue o lança chamas no porta-malas também, sabe só no caso de ser um wendigo?

Ele a olhou, fingindo ponderar por um momento - É, até que não é uma má ideia. Mesmo que não seja um wendigo, eu vou adorar queimar os desgraçados.

Nisso ela teve que concordar - Se não fosse pelas crianças, eu não me importaria de ir lá apenas para fazer isso.

- Depois de verificar se eles são mesmo os monstros, eu espero. - Sam enfatizou, franzindo o cenho para eles.

Celine revirou os olhos - Eles são.

O moreno torceu os lábios - Tá, supondo que sejam, não vai se preparar?

- Eu tenho a minha arma, balas de prata. - Dean a olhou com as sobrancelhas arqueadas.

- Uma arma Line? Eles tiram de você, e aí você faz o que?

Ela sorriu - Uso minha magia, qualquer um dos dez feitiços que eu conheço que podem matar um metamorfo. - Contra isso eles não tinham argumento - Ou pego alguma coisa emprestada com vocês, o que for mais rápido.

-X-

O casal morava no subúrbio, em uma casa comum; com cerca branca e a grama tão verde que chegava a não parecer real. Dean estacionou o carro do outro lado da rua e eles caminharam, alertas, até a porta dos fundos. O loiro tirou um clipe de papel do bolso e estava prestes a começar a mexer na fechadura quando Celine colocou uma mão em seu ombro, fazendo-o se virar para ela.

- Posso fazer isso de um jeito mais fácil.

Ela estendeu a mão aberta em direção a porta e fechou os olhos, a maçaneta começou a tremer e ela sorriu.

- Aperire nunc! - Em um movimento abrupto ela virou a mão para o lado oposto, e a porta se abriu quase que bruscamente. Quando ela abriu os olhos, se deparou com os olhares admirados dos irmãos fixos nela, o que fez com que seu sorriso se tornasse tímido; não estava acostumada a ser admirada por usar magia. Para os bruxos era normal, e o restante das pessoas costumava considera-la uma ameaça.

Dean passou um dos braços por sua cintura e a beijou vigorosamente, surpreendendo-a. Quando eles se separaram, ele a girou no ar e Celine não conseguiu conter o riso - Você é incrível. - Ele afirmou, colocando-a de volta no chão. Por um momento, ela ficou completamente sem jeito, mas então segurou o rosto do namorado entre as mãos e o beijou novamente. - E você é a pessoa mais fascinante que eu já conheci.

Por um minuto tudo o que eles podiam ver eram os olhos um do outro, tudo o que podiam sentir era um ao outro; o caso tinha sido esquecido e todo o horror do mundo em que viviam desaparecido completamente.

Por mais imprópria que fosse a situação, por mais inoportuno que fosse o momento, olhando nos olhos dela Dean via luz em meio a toda a escuridão em que viviam, e Celine via nele o sentimento mais sublime que já sentiu, sentimento esse que achou que nunca sentiria.

Mas, como todos os momentos belos que acontecem em situações inapropriadas, esse tinha que acabar.

Sam apareceu na porta; eles nem tinham notado que ele havia entrado na casa em primeiro lugar. - Vocês escolhem os momentos mais estranhos para se declararem. Se tiverem terminado, acho que encontrei uma coisa.

The rebel angels will fall - SupernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora