Os monstros não tiram férias

1.1K 98 20
                                    


- Então - Celine começou, depois de intermináveis minutos de um silêncio maçante - O que vamos fazer agora? Próximo caso?

Sam se pronunciou imediatamente do banco de trás - Eu quero pelo menos três dias de férias. Depois de tudo isso; lutar contra anjos, Celine quase morrendo, acho que nós merecemos isso. - Ele sabia que estava apelando ao mencionar a quase morte dela, mas Dean não concordaria tão fácil com 'férias'.

E boom. Ele estava certo; o olhar do loiro se desviou da estrada para olhar a namorada no banco do passageiro quase que imediatamente. Ela tinha uma das pernas dobradas sobre o banco, o tronco virado em direção ao banco do motorista e a cabeça apoiada em uma das mãos; de forma que conseguia olhar para os dois.

- O que acha Line?

Ela respondeu com um dar de ombros, não de desinteresse e sim de conformidade, o tipo de conformação de alguém que já sabe que não importa se tentem se desviarem desta vida, nem que por apenas três dias, sempre vai ter alguma ocasionalidade para os puxar de volta.

- Um descanso não seria ruim. Mas posso apostar com qualquer um de vocês que vai aparecer um caso, seja lá para qual cidade formos. É como se os monstros nos seguissem, esperando a espreita pelo momento onde vamos estar relaxados; só para que possam estragar isso.

- Eu nunca achei que fosse dizer isso, mas estou começando a preferir eles aos anjos.

Sam riu - Só começando?

- Deveríamos ligar para o Bobby, nós sumimos do nada. Ele deve ter ficado preocupado.

Realização passou pelo rosto dos dois quando perceberam que tinham esquecido desse pequeno detalhe. Bobby iria mata-los por desaparecer assim.

- É Sammy, melhor ligar logo.

- O que? Por que eu? - Sam saiu de seus pensamentos, se inclinando para frente de onde estava recostado no banco traseiro

- Por que estou dirigindo Sam, falar no telefone enquanto dirige é muito perigoso." - O tom de zombaria na voz do loiro era óbvio e Sam revirou os olhos, mas pegou o telefone mesmo assim. Ele não conseguiu falar mais do que 'oi' antes que o mais velho começasse a repreende-lo. Depois que ele acabou de gritar com Sam, foi a vez do loiro; podendo-se ouvir também nome de Dean seguido de uma série de palavrões.

Quando o moreno desligou, piscou atordoado - Ele entendeu bem os nossos motivos.

Dean gargalhou - Deixa eu adivinhar, nós somos estúpidos e idiotas por achar que precisávamos proteger ele e deveríamos ter entrado em contato imediatamente porque ele saberia como ajudar?

- Você conhece o Bobby.

...

Quando finalmente pararam já era quase noite e hotel era relativamente acima dos padrões a que estavam acostumados. Eles pegaram quartos separados; Dean e Celine em um e Sam no outro.

Os três descarregaram as malas e, assim que pôs a mala de roupas em cima da cama, Celine se apressou para pegar uma troca de roupas e ir tomar banho; ela estava exausta e com fome, mas o sentimento de sujeira parecia impregnado em sua pele.

O dia não havia nem de longe sido um dos mais fáceis; ela não conseguia parar de pensar em Anna. A ruiva costumava ser sua confidente, não eram tão próximas porquê ambas estavam sempre em constante fuga, mas se encontravam com frequência e lutavam pela mesma causa. Era isso o que mais a entristecia; Anna lutou por séculos pela mesma causa que ela, dedicou sua existência a isso, para no final morrer travando as batalhas do inimigo.

Suspirando, a loira tentou deixar tudo isso para trás. Ela tinha uma nova vida agora; era humana, uma caçadora e uma bruxa, tinha um namorado que a amava e que ela amava como nunca tinha amado ninguém, tinha Sam, que estava começando a ser como um irmão para si, havia reencontrado Natasha e Dimitri, seus irmãos. Ela tinha uma família agora, o mais próximo que já teve de uma de verdade; e isso era tudo o que importava.

The rebel angels will fall - SupernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora