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~ Narrador
O cio. Um período extremamente difícil e doloroso para omegas. Omegas normais têm seu rut de três em três meses e lúpus o têm de seis em seis meses mas lúpus o sentem de forma muito mais intensa que omegas normais.
Mais excitação, mais sensibilidade e muita mais dor e essa era a situação do Keiji. Faziam exatamente 6 horas que estava no seu ninho, embrulhado e se contorcendo de dor e seria uma longa semana disso.
Sua mãe, Monik, era uma francesa de lindos cabelos loiros e olhos azuis. Não era uma omega lúpus mas sabia que seu filho estava passando por um péssimo momento então ligou para o trabalho dele e iria tentar pela terceira vez no dia fazê-lo comer alguma coisa.
- Filho... mamãe está preocupada com você.... saia daí pelo menos para comer. - Tudo o que ouviu como resposta foi um choramingo do filho. Não sabia mais o que tentar. Queria ajudar seu filho de alguma forma mas não conseguia.
Foi sempre assim desde o primeiro cio dele com seus 16 anos.
- Amor, me deixe falar com ele. - Era Akira, pai do lúpus que estava sofrendo. O homem cresceu sendo o único alfa no meio de três omegas lúpus já que seu pai abandonou o omega que é sua mãe assim que de descobriu que esse estava grávido de trigêmeos.
Trigêmeos. Dois nasceram omegas e um nasceu alfa.
Para Akira, essa situação de cio de omega lúpus era mais do que habitual. Ele sabe que o melhor é sempre deixar os omegas sozinhos ou com seus alfas se tiverem um e ele sempre deixou seu filho sozinho porque sabe que era isso que ele sempre quis. Mas dessa vez ele precisava confirmar uma coisa, como pai e como lúpus, não estava gostando muito de uma situação.
Ele nunca se importou quando Akaashi voltava com o cheiro de um alfa diferente a cada dia, mas faziam três meses que ele voltava com o cheiro de um mesmo alfa e o seu lado pai possessivo não queria partilhar seu filho com ninguém, não depois do que aconteceu da última vez.
Então precisava confirmar se seu filhote havia se apegado ao outro alfa.
- Filho. - Ouviu um resmungo como resposta. Keiji sempre preferiu o seu pai do que a sua mãe, por nenhum motivo especial, só achava que o mais velho o entendia melhor. - Você... quer que eu... - limpou a garganta. - Sabe... chame alguém para ajudar você?
Um silêncio se manteve por alguns até o omega se revirar no ninho, ainda sem sair de lá.
- Alfa... - murmurou e puf! Foi como uma facada no orgulho de Akira mas ele precisava entender que mesmo que seu filho seja um omega já é crescido o suficiente para saber o que é certo e o que é errado.
- Quem é o Alfa que você quer que eu chame? - pegou o celular do filho e o desbloqueou.
