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O médico chegou na casa cerca de 30 minutos depois de ser chamado.
O Alfa platinado ficou no quarto o tempo todo enquanto seu omega era examinado. Nunca na vida iria deixar Keiji com outro Alfa sozinho daquela forma frágil. Mesmo que conhecesse esse alfa há mais de 8 anos.
- Ele teve uma reação alérgica a alguma coisa que comeu. Seriam necessários mais exames para saber o que é mas a saúde dele não está em risco. - O médico disse.
- Certo.... Tem alguma coisa que a gente possa fazer para ele melhorar?
- Duvido que você estaria fazendo isso por um omega desconhecido então vou presumir que ele é o seu omega. - O alfa assentiu. - Fique com ele sempre que puder e use os seus feromônios para o acalmar quando ele estiver com dores ou nervoso. Isso pode adiantar um pouco o cio dele mas acredito que seja melhor do que deixá-lo sofrer.
- Entendo... por quanto tempo ele vai ficar assim?... - Bokuto estava genuinamente preocupado e isso não passou despercebido pelo médico, até porque esse já conhecia Bokuto desde a morte dos seus pais já que seu omega é o psicólogo do platinado.
- Cerca de uma semana. Posso receitar um remédio para quando as náuseas estiverem muito fortes.
- Sim, claro....
Bokuto via o moreno se remexer na cama com uma expressão dolorida e isso deu um aperto no seu coração mais que sensível.
- Aqui a receita. Eu vou falar com os pais dele. Não se preocupe, ele vai ficar bem. - disse batendo levemente na cabeça do mais novo. - Até sexta.
- Bokuto-san?.. - Keiji chamou.
- Eu estou aqui. Sinto muito, eu devo ter colocado alguma coisa na comida... nunca soube cozinhar...
- O médico disse que foi uma reação alérgica não é? A comida estava deliciosa todos amaram.
- Seu pai não deve ter gostado tanto pela quantidade de vezes que ele me ofendeu.
- Meu pai só é muito ciumento, que bom que você não é. - Sorriu fraco.
Kotarou era, até mais do que o mais velho mas Keiji só teria noção disso quando fosse marcado.
- De qualquer forma, descanse. Você precisa descansar.
- Pode me acordar quando estiver na minha hora de ir trabalhar? - o moreno perguntou fazendo o outro arquear uma sobrancelha.
- O quê? Nada de trabalho hoje. Dependendo da sua situação amanhã você poderá ir, ou não.
- Você está ficando muito controlador.. eu consigo ir trabalhar se descansar um pouco, isso não é nada.
- Eu não estou controlando, estou cuidando. Por favor, me deixe cuidar de você... - Beijou a bochecha corada alheia.
Bokuto não queria que o omega tivesse deja vus do seu último relacionamento, só queria que o outro se cuidasse e não pensasse apenas no trabalho.
Mas Keiji nem teve tempo de responder já que a porta foi estrondosamente aberta.
- Amor, você precisa aprender como se abre as portas. - Monik suspirou.
- O médico deu a receita. - falou ignorando o comentário da mulher. - Você está bem filho?
Bokuto até se afastaria por respeito se não tivesse sido tratado como um pedaço de merda por aquele alfa.
- Eu estou vivo, acho que é isso que importa.
Akira sorriu mas seu sorriso logo sumiu quando percebeu que Bokuto ainda agarrava a mão do seu filho.
- Não vai largar ele?
- Porque eu deveria? - perguntou no automático.
- Ta querendo brigar comigo seu—
- Akira! Por Deus! Você não vai mesmo aceitar que ele é o alfa do seu filho? Vai ficar nessa infantilidade para sempre? Se você continuar com isso eu juro pelo meu filho que você vai se arrepender. Você é o pai do Keiji e não o alfa dele. - Saiu do quarto irritada.
- Amor... - saiu logo depois.
- Você enfrentou o meu pai. - o omega sorriu.
- E você está feliz com isso? Mais um pouco e eu explodiria que nem a sua mãe.
- De qualquer forma acho que a partir de agora vamos ter p...az... - Uma onda de dor de cabeça fez com que ele travasse na última palavra.
- Você precisa descansar. - sussurrou soltando feromônios calmantes. - Eu vou cuidar de você então descanse.
- Hmhm.....
°•........•°
Duas horas depois....
Bokuto adormeceu por alguns poucos minutos e quando acordou tentou se soltar do aperto forte que o moreno mantinha no seu braço sem acordar o mesmo.
Ele queria ir à farmácia comprar o remédio de seu medico receitou para o omega seria um pouco complicado fazer isso sendo que estava basicamente preso mas depois de algum esforço conseguiu se levantar e sair do quarto tentando não fazer muito barulho.
Só não gostou muito de precisar passar pelo Akaashi mais velho para chegar na saída.
- Eu...estou indo na farmácia comprar o remédio do Keiji.... - falou para o mais velho. - Ele está dormindo mas deve acordar a qualquer momento... Estou indo.
O falso platinado sorriu. Aquela mulher realmente o lembrava muito da sua mãe.
- Não senhora. - Manteve o sorriso. - Mas pode fazer alguma coisa para o Keiji. Ele deve acordar com fome já que vomitou o almoço.
- Tem razão, eu vou fazer.
- A senhora quer alguma coisa da farmácia?
- Eu não quero nada mas meu marido precisa de algo para a dor de cabeça, pode trazer algo?
- Claro. - sorriu antes de sair da casa.
Monik se colocou na frente do marido com os braços cruzados e uma expressão de 'eu avisei!'
- Eu sei amor.... não parece que ele seja o tipo de cara que vai usar o Keiji e depois larga-lo... ou que vá vender os órgãos dele mas de qualquer forma ainda me sinto inseguro em entregar completamente meu filho nas mãos de outro alfa lúpus. Algum dia nosso filho vai ser marcado por ele e a partir daí eu não vou poder fazer nada...
- Keiji está em boas mãos e até você deve ter percebido isso. Dê uma chance para ele.
- Eu posso tentar.. só porque ele está cuidando bem do nosso filho.
