Prisioneiro do Amor

Capítulo 9: Bem-vindo de volta.

As vezes as coisas podem parecer um pouco difíceis, mas nós sempre podemos nos ajustar a uma nova vida.

Dois dias após a visita de Kim, Karat levantou antes de Bob bater à porta e arrumou sua cama para ocupar a mente. Ainda no dia em que teve a conversa com a irmã de Kun, o rapaz mal teve coragem de encarar o marido, eles passaram o dia inteiro juntos, mas Karat optou por ficar distante. As vezes ele observava o outro de rabo de olho, pensando em toda aquela situação terrível que aconteceu no passado com Lacorn. Apenas quando ele foi deitar-se sozinho naquela noite que ele parou de pensar um pouco sobre isso. E Easton só apareceu na casa no outro dia, o homem estava totalmente debilitado, com as roupas rasgadas, coberto de sangue e cortes. Obviamente ele passou praticamente um dia inteiro dormindo e não deu as caras à família. Então, Karat queria muito saber como ele estava e que tipo de coisa estava acontecendo no Clã Thakur.

O relógio na cabeceira da cama marcava 8:30 quando começaram as batidas na porta. Karat largou o livro que ainda estava lendo na cama e levantou direcionando-se a porta para abrí-la.

"O senhor Kun mand-..."

"Eu sei!" Karat cortou a fala de Bob pela metade. "Vocês não precisam ficar repetindo isso o tempo todo, eu sei que ele quer que eu vá comer na mesa. Estou indo."

"Então, venha."

Bob revirou os olhos e saiu da frente da porta.

Karat seguiu o segurança como todos os dias até a sala do café da manhã. Mas, surpreendentemente, havia um rosto novo ali, o pai de Kun veio para tomar café da manhã à mesa e sua esposa também estava com ele. A mulher sorriu educadamente e o cumprimentou.

"Bom dia."

"Bom dia." Karat forçou um sorriso para ela e sentou-se ao lado de Kun. Ele queria muito disfarçar seu desconforto, no entanto, nunca foi bom em conter suas expressões faciais.

"Aconteceu alguma coisa?" Kun sussurrou para ele vendo que o rapaz sentou-se na cadeira e ficou mudo. Ele normalmente tagarela sem parar assim que cruza a porta.

"Não aconteceu nada." Karat afirmou começando a servir-se.

Kun ficou encarando-o com um olhar desconfiado até que notou que seu pai estava sentado exatamente de frente para Karat. Então, talvez fosse a presença dele que estivesse causando uma tensão no ar, o homem supôs e deu de ombros voltando a comer normalmente em seguida.

"Bom dia, família!" Uma voz um tanto animada soou aos ouvidos de todos. Easton havia acabado de cruzar a porta, ele estava vestindo uma calça e robe pretos expondo seu belo físico, exatamente como todas as manhãs.

Kun tirou o olhar de sua comida e encarou o primo. Ele ainda não havia tido uma conversa descente com o homem desde o acontecido na linha inferior.

"Onde você se meteu faz dois dias?"

Easton abriu seu clássico sorriso de blefe e arrastou a cadeira ao lado de Karat, sentou-se e respondeu:

"Eu estive resolvendo as coisas, descansei um pouco depois do trabalho pesado e depois voltei a trabalhar."

"E conseguiu alguma coisa?" Killin questionou, mas sem tirar a atenção de sua própria comida.

Karat e a esposa de Killin não disseram uma só palavra enquanto eles conversavam.

Easton serviu-se um pouco de suco e declarou:

"Eu estou realmente empenhado nisso, mas a pessoa por trás disso é muito inteligente."

Kun esfregou a testa com a ponta dos dedos, expirou pelo nariz para aliviar sua tensão.

"Você tem alguma suspeita? O que conseguiu? Algum informante?"