Prisioneiro do Amor

Capítulo 16: Tomando o controle

"Se uma pessoa que gosta de estar sempre no centro controlando tudo, ceder a você o poder de controlá-la, acredite! Essa pessoa está domada por você."

...

"Alô?" A voz grave e poderosa de Kun proferiu ao atender um telefonema de seu primo mais velho, Easton. Sua expressão era neutra, mas levemente amarga, só de ouvir a voz daquele homem ele se irritava profundamente.

Easton foi breve, ele disse: "Estou devolvendo Bill e o resto do pessoal. Não encontrei aquele vagabundo ainda e não quero fazer o pessoal perder mais tempo."

"E por que diabos você ainda não o encontrou?!" Kun aumentou seu tom de voz gradualmente.

Do outro lado da linha o mais velho revirou os olhos e respondeu com a voz grave: "Se você acha que é fácil ratreá-lo, faça o serviço no meu lugar. A pessoa que contratou o Boca Grande é esperta e poderosa, isso eu tenho certeza. Então, não fale como se eu estivesse poupando meus esforços!"

"Está bem!" Kun proferiu e deu um empurrão na mesa fazendo sua cadeira deslizar para trás. "Eu tenho alguns assuntos para cuidar aqui. Continue fazendo o seu trabalho, mas tente outros métodos para que encontre logo esse desgraçado."

"Problemas em casa?" Easton deu uma risada fraca. "Mamãe me contou sobre Kitty. O que você fez? Eu disse que era uma péssima ideia uma adolescente se casar. Mas, o tio é um louco e parece que a tia Kamon é uma burra! Ela nem para fazer o papel de mãe e alertar sobre o uso de preservativo, período fértil e os problemas com gravidez na adolescência."

"Isso não é da sua conta!" Kun exclamou alto dando um soco na mesa. "Veja bem, Easton... Cuide dos seus problemas e eu cuido da minha irmã, ninguém pediu sua opinião."

A risada de Easton pôde-se ser ouvida ainda mais alta através da linha. Ele zombou: "Você é mesmo um bom irmão, tanto que sua irmãzinha vai lhe dar um sobrinho. Você é tão perfeito, mas permitiu esse tipo de coisa acontecer e eu ainda sou o errado."

"Ah, vai se foder!" O homem disse por fim e desligou a chamada.

Easton tem uma habilidade natural de irritar qualquer pessoa, ele não precisa dizer muito, três palavras já são o suficiente para irritar tanto alguém ao ponto de fazer aquela pessoa querer matá-lo.

Kun estava muito sobrecarregado sem conseguir resolver de fato nenhum dos seus problemas, sentando em seu escritório, ele já não tinha mais cabeça para olhar aqueles documentos. Então, o homem jogou seu celular sobre a mesa e esfregou suas têmporas. Não havia como ele fazer algo sobre aquelas coisas, por mais que pensasse não encontrava uma saída. No fim, ele apenas suspirou deixando aquele ar pesado sair de seus pulmões, em seguida, apoiou o cotovelo no braço da cadeira e repousou a lateral de sua cabeça em seus dedos. Com um olhar distante, por um segundo ele pensou no que deveria fazer. Será que realmente estava sendo um mau irmão para Kitty? Não estando tão presente na vida dela e lhe ensinando o que é certo e o que é errado... Bem, talvez não. Afinal, Kim falou para ele certa noite que ele só está fazendo seu papel de irmão, não é pai de Kitty para estar sempre nos pés dela alertando sobre o que é certo ou errado. Porém, ainda assim Kun sentia culpa e queria fazer algo, por isso levantou daquela cadeira e direcionou-se a saída.

O homem foi imediato até o quarto de Kitty, obviamente. Já faziam dois dias que ela estava em casa sem ir para a escola, o médico disse que era melhor ir apenas na segunda-feira para que ela tivesse tempo de se recuperar alimentando-se melhor e tomando as vitaminas. Kim e a senhora Kamon ficaram cuidando dela, mas hoje a irmã teve de ir para a faculdade então, ela já não estava mais lá quando Kun chegou. Ele bateu na porta e o segurança Bras foi quem abriu para ele. Assim, esta pessoa entrou devagar no quarto e caminhou em silêncio até a cama de sua irmã caçula. Kitty estava deitada de pijama, com os cabelos soltos e parecia um pouco mais corada agora, mas ainda doente. A mãe dela estava sentada em uma cadeira ao lado da cama, mas levantou-se no momento em que viu o líder do Clã se aproximar.