Prisioneiro do Amor

Capítulo 7: Ainda um prisioneiro.

Você nunca saberá o quão preciosa é a liberdade até realmente perdê-la por inteiro.

Na manhã que sucedeu-se ao casamento, Kun não uniu-se a sua família para o café da manhã, ele não estava com fome e também não havia dormido quase nada na madrugada. Então, ele ficou apenas deitado por um longo tempo em sua cama tentando relaxar até que, sua segurança principal veio bater à porta e chamou-o avisando que seu pai estava convocando sua presença em sua sala particular. Assim, Kun não teve outra escolha a não ser levantar e ir diretamente ao encontro de seu pai. No entanto, ele não se vestiu em roupas formais, e colocou apenas um robe vermelho por cima de seu pijama partindo dali imediatamente.

O homem estava sentado em sua mesa particular fumando charutos às oito da manhã. Seus seguranças o rodeavam em cada canto daquela sala. A luz das janelas eram muito fortes, o sol do verão estava em seu ápice estes dias, isso incomodou um pouco os olhos de Kun quando ele entrou e sentou-se em uma cadeira bem de frente para uma daquelas grandes janelas de vidro.

O jovem líder colocou a mão diante do rosto por um instante protegendo seus olhos daqueles raios de sol e disse a seguir: "Por que mandou me chamar aqui a essa hora, papai?"

O homem tirou o charuto da boca e soltou fumaça respondendo: "Eu vi o lençol que você trouxe..."

Kun congelou por um segundo, surpreso. Ele olhou em volta, haviam muitos seguranças ali dentro, seria muito vergonhoso ter uma conversa sobre algo tão sujo diante de todos. Então, a vergonha caiu sobre ele. Kun havia parado de fumar há algum tempo, por conta que Kitty implorou para que ele parasse, mas ele sempre levava consigo uma carteira de cigarros, só para ele fumar quando estivesse sob estresse. E este, é um momento extremamente estressante!

Ele acendeu um cigarro e questionou: "O que você quer falar sobre isso?"

Seu pai abriu um largo sorriso e disse: "Eu estou orgulhoso de você, cumpriu sua palavra e reparou a honra da sua irmã. Sinceramente... Eu pensei que você não iria conseguir."

Kun engoliu em seco e deu uma forte tragada naquele cigarro. "Era só isso?"

O homem ignorou a amargura nas palavras do filho e continuou a sorrir satisfeito.

"Eu também quero falar sobre a sua esposa, ele tem um comportamento muito difícil."

"Marido." Kun corrigiu em um tom discreto. Ele apoiou o cotovelo no braço da cadeira e esticou a sobrancelha com o polegar deixando todo o peso de sua cabeça inclinando naquela região. Ainda com cigarro entre o indicador e o dedo médio daquela mão, sua expressão era uma mistura de tédio e cansaço. Ele não queria discutir então, apenas ouviu. "O que quer falar sobre ele, diga de uma vez."

"Nada demais." Killin deu de ombros. "Eu apenas acho que ele vai lhe dar algum trabalho, Karat parece difícil de lidar. Ele é atrevido, impulsivo e fala demais. Não quero que ele traga problemas a você, então controle ele."

Com a cabeça imóvel, apenas o olhar vazio de Kun encarou seu pai. Se ele sabia como era Karat, por que ainda insistiu para o casamento acontecer e agora quer que o filho fique com ele até a morte? Kun não conseguia entender aquilo.

"Eu não sou uma criança pai, não fale como se eu não fosse capaz de controlar uma situação dentro do nosso Clã." Ele cuspiu estas palavras sem se importar muito com o peso delas. "Eu vou manter Karat na linha, não se importe com a presença dele nesta casa."

"Muito bem. Cuide das suas coisas, agora isso é assunto seu."

"Eu vou fazer isso! Já estou fazendo." Ele tragou o cigarro mais uma vez e levantou. "Se isso é tudo o que tinha a me dizer, eu já estou de saída, preciso trabalhar."