Capítulo 5: Sem caminho de volta

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"Quando nos metemos no caminho errado, não há cominho de volta para o que tínhamos antes."

"Por que vocês estão vestidos assim?" Karat perguntou para Billi assim que ele e Carl adentraram o quarto. Ambos tinham saído há um tempo deixando o jovem sozinho com outros seguranças que ele não conhecia, e agora, retornaram com roupas diferentes do que sempre usaram enquanto Karat esteve preso.

Billi estava usando uma roupa completamente preta, seu blazer tinha um decote em V e em seu pescoço ele usava um colar simples de prata enquanto Carl trajava um conjunto de calça e colete pretos com camisa interna branca. Só que, ao invés de uma gravata, ele estava com três botões da camisa abertos expondo uma bela gargantilha. Os dois nem sequer pareciam seguranças, Karat ficou impressionado.

"Uh! Vocês dois estão tão bonitos." Ele soltou o elogio de forma descontraída em meio a um sorriso.

Billi olhou para si mesmo e respondeu um pouco sem jeito: "Oh! É porque nós estaremos infiltrados."

"Infiltrados?" Karat arqueou uma sobrancelha confuso. "Como assim?"

"É que vem gente de fora." Carl começou a explicar. "Este casamento é um evento aberto à elite da máfia, tem gente de outros Clãs vindo."

"Kitty, é filha de um ex-líder de Clã e irmã mais nova do nosso atual chefe." Billi enfatizou. "Então, o Senhor Killin não poderia deixar isso escondido. Se o Clã recebe um novo integrante na família, isso tem que ser anunciado aos outros Clãs."

"Oh! Acho que entendi." Karat afirmou enquanto na verdade ainda estava tentando processar tudo aquilo.

"Se já está pronto, devemos ir Senhor." Billi indicou a saída com a mão.

"Para onde nós vamos?" Karat perguntou ao levantar da cadeira onde estava sentado.

"Ao salão de festas."

"Ah, certo! Vamos."

"Você não quer se atrasar mais que a noiva, não é?" Carl brincou quando Karat passou por ele.

"Eu não sabia quando tinha que ir, estava esperando vocês! Não me culpe." Karat sorriu ao dizer e continuou andando junto daqueles dois para fora do quarto. Mas, assim que eles cruzaram a porta, Karat sentiu uma enorme vontade de fumar e voltou-se a Billi perguntando: "Você tem um cigarro? Eu não fumo faz dias, minha cabeça está começando a doer."

O rosto do segurança ganhou uma expressão de lamento. Ele desculpou-se: "Eu não fumo, Senhor. Sinto muito."

"Oh! Tudo bem. Sem problemas! Mas..." Karat esfregou as mãos nas pernas nervoso por ser tão inconveniente. Porém, ele ainda teve coragem de pedir: "Se não te incomodar, você pode arrumar um cigarro com alguém? Um só, eu só preciso fumar."

"Eu arrumo, senhor. Apenas continue andando, com certeza vamos cruzar com algum segurança que fuma."

"Está bem."

Karat concordou com Billi e já ia continuar seu caminho conformado quando de repente surgiu uma mão diante de seus olhos segurando um cigarro entre os dedos. "Aqui, pegue o meu."

O garoto olhou para trás um pouco atordoado e surpreendeu-se ao ver que tratava-se de Kun. Ele não conseguiu mover-se, ficou sem reação, aquele diante dele era o irmão mais velho de Kitty, o chefe da máfia! Mas, o pior de tudo, era o cara que ele chamou de mendigo no banheiro do Hotel. Karat ficou extremamente envergonhado, ele quis arrumar um lugar onde enfiar a cabeça para se esconder, porque além de Kun ser extremamente bonito, ele tem uma postura autoritária natural que você pode notar apenas olhando para ele, é extremamente intimidador.

Prisioneiro do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora