O florescer de Harumi V

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De castigo por ter ido escondido para Bifuka, com o carro da avó, Harumi só podia sair de casa na supervisão de algum adulto. E, nessas condições, ela preferiu não sair, a não ser para a escola. Pois era obrigada.

Sasuke e Naruto intercalaram os dias para levá-la até o colégio e depois para buscá-la.

Seus amigos, Masato e Tatsuo, tentaram amenizar a situação, dizendo que a ideia foram deles. Mas a desculpa não colou. Itachi a visitou alguns dias depois, apenas para levar petiscos que os pais dela não tinham em casa, além de refrigerante.

— Ainda está com essa cara? Poderia ser pior — ele disse, sentando-se na cama. Harumi estava com um olhar preso no caderno, pois estava proibida também de usar celulares, tablets ou computadores.

Ela ergueu a cabeça, e crispou os lábios.

— Eles me tratam como se eu ainda tivesse oito anos — disse, um tanto irritada.

— E você age como uma adolescente irresponsável. — Itachi se levantou, falando em um tom sério. — Pense em tudo o que fez só neste ano, você acha mesmo que esse comportamento vai fazer com que seus pais confiem em você?

Itachi não estava ali para dar lição de moral na sobrinha, pois ele sabia muito bem que Sasuke era a pessoa mais indicada para isso. Contudo, percebendo que Harumi não parecia sequer arrependida pelos erros cometidos, ele não poderia simplesmente passar a mão na cabeça dela.

— O que está fazendo? — Harumi perguntou irritada, vendo o tio pegar a sacola com salgadinhos e o refrigerante.

— Você pode ficar brava comigo agora, eu realmente não me importo. Mas eu quero que você se coloque no lugar dos seus pais, dos pais dos seus amigos e, principalmente, da sua avó que está se sentindo culpada por não ter percebido que a própria neta roubou o carro dela.

Itachi não esperou ouvir a resposta de Harumi e saiu do quarto. A garota ficou um tempo em silêncio, remoendo o que o tio dissera. Depois, ela se levantou e desceu as escadas. O cachorro estava dormindo no sofá, mas se levantou e acompanhou Harumi, quando ela abriu a porta.

O hotel de seus avós estava mais movimentado do que nunca. Mesmo assim, morar ali ainda dava uma sensação de paz, principalmente quando caminhava pelo campo de girassóis, onde encontrou-se com a avó Mikoto. Desde que seu avô morrera, ela passou a viver com eles, pois Sasuke não queria que ela se sentisse sozinha.

A avó cuidava de algumas plantas, quando a viu se aproximar.

— Querida, me dê aquela ferramenta, por favor. — ela pediu, estendendo a mão, quando Harumi entregou o objeto para ela cavar a terra. — Estou plantando essas mudas que encontrei na estrada, não são bonitas?

Harumi concordou, balançando a cabeça. Depois, ela se ajoelhou e ajudou Mikoto a plantar as mudinhas. No final, as duas se sentaram e beberam o refresco que Kushina ofereceu para elas. O tempo estava quente, e as duas suavam bastante.

Depois de ouvir os planos das duas avós para o final de semana, Harumi finalmente resolveu quebrar o silêncio e pedir perdão para a avó.

— Eu fui uma idiota, não devia ter deixado a senhora sozinha em casa e levado seu carro. — Harumi segurou as mãos da avó e lágrimas verteram de seus olhos. — Eu não sei qual é o meu problema, sempre estou metida em confusão.

Mikoto inclinou a cabeça e puxou Harumi para um abraço.

— Minha querida, você ainda é jovem, muitas coisas vão acontecer e você vai ter a oportunidade de fazer as escolhas certas. Cometer erros faz parte de ser jovem.

— Mas a minha irmã nunca fez essas coisas, não é? — Harumi balançou a cabeça. Sempre que pensava na irmã mais velha, ela se sentia insuficiente, porque Tamaki era uma mulher encantadora, inteligente e possuía um futuro brilhante. E aquelas qualidades não eram apenas ilusões da mente de uma irmã mais nova.

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⏰ Última atualização: Aug 16, 2022 ⏰

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