Na manhã do dia anterior. No Domingo. Emilly que acabara de acordar, foi tomar café á mesa com os seus tios. Patrick, como era de costumeiro em sua rotina, lia as notícias num exemplar de jotnal acompanhado de uma cafeínada e desperta xícara de café sem açúcar, já a Tia Lucy, terminava de colocar á mesa um apetitoso prato de panquecas.
- Bom dia. - Achegou a moça
- Bom dia Emilly - Responde Lucy
- Você chegou 30min atrasada do horário combinado ontem á noite... - Dizia Patrick com os olhos voltados para o jornal e afastando o seu bigode da xícara
- Eu perdi a hora tio... Foi só isso. - Emy com um meigo sorriso, servia-se de um copo de suco de laranja
- E perdeu a hora fazendo o quê? - O Xerife a questiona, fechando o jornal e voltando os olhos para Emilly, passando a encará-la enquanto toma o seu café
- Eu estava no Clarke's. Ontem fiquei de babá da filha dos Summer's e a levei pra tomar um Milkshake lá.
- Até às 19:30h?
- [...] Bom... Depois eu fiquei mais um tempo por lá e acabei perdendo a hora
Ele a encara num senho desconfiado por alguns instantes:
- Bom... Isso não é um interrogatório - Interrompeu Lucy num tom de voz ameno e adocicado, assentando-se juntamente com eles - Vamos dar graças por esse café da manhã e aproveitarmos enquanto ele ainda está quentinho - Ela estende as mãos na direção de Emy e Patrick que continuava a fitar a moça
Porém, antes mesmo que Patrick iniciasse a prece, alguém tocou a campainha:
- Podem deixar que eu atendo... - Diz Lucy retirando-se logo em seguida
- Tio. Olha, sobre ontem o senhor não precisa...
- Emilly preste atenção... Para a permanência da paz, da harmonia e dá integridade dessa casa, eu exijo apenas algumas regras, que faço questão de serem cumpridas, e o horário com certeza é a que eu consideraria ser a mais importante caso queiramos estabelecer um controle por aqui... E digo isso, por que como xerife dessa cidade, e estando ela nas condições em que se encontra nos últimos anos, não gosto de não ter a certeza de onde você está e com quem está.
- Eu não estava infringindo nenhuma regra estabelecida pelo senhor Tio, se essa é a sua preocupação...
- E como eu posso ou poderia saber?
Emilly poderia dizer alguma coisa naquele momento, tentar argumentar para defender o seu posicionamento a respeito, mas ela apenas abaixou o olhar e se absteve de sua fala.
- Eu... - Suspira - Apenas espero, que isso não se repita. Estamos entendidos?
- Claro. - Essa respondeu após um longo suspiro - Como queira.
- Vejam só quem resolveu fazer uma visita? - Achegou Lucy a conduzir carinhosamente o visitante com o braço entrelaçado ao dele
- Bom dia senhor. Bom dia...Emy.
- Sam? - Emilly questiona
- Samuel! - Patrick exclama num ato de contentamento - Que bom revê-lo filho...
- É bom rever o senhor também... - Educadamente, o loiro rapazote de olhos claros e adoráveis linhas entorno de seu riso fácil, foi logo dizendo
Ele carregava consigo um belo buquê de rosas vermelhas, e outro de margaridas, estas, que já estavam sendo carregadas pelas mãos de Lucy.
- Olhe só meu bem... Sam fez a gentileza de não apenas trazer um lindo buquê de flores para a Emilly mas para mim também não é uma graça? - Lucy dissera com uma das mãos levadas ao peito enquanto expressava um claro semblante de ternura para com o rapaz que expunha um amigável e bem afeiçoado sorriso ao rosto
- Essas são pra você... Emy. - Estende o buquê para a moça.
Ela se volta para os tios, e apanha aquele arranjo das mãos de Sammy, apesar de tentar esconder o seu nítido e compreensível desconforto.
- Obrigada Sam. Não precisava se incomodar. - Respondeu sobre os olhares atentos dos tios
- Eu... - Suspira - Precisava de alguma maneira, por mais simples e antiquada que fosse, mostrar o quanto você é especial pra mim... - Complementava o ato gestual, com num dócil soar de palavras
- Vocês são lindinhos juntos. - Exclamou Lucy num semblante de fascínio
- Por que não se assenta e toma café conosco filho? Chegou em excelente hora.
- Eu adoraria senhor... Mas, com todo o respeito, antes eu gostaria de pedir a permissão de vocês para falar com a Emy antes, eu poderia?
- Não vejo problemas... Fique a vontade.
- Obrigado senhor. - Respondera ao tio de Emilly antes de ir com a mesma até a varanda da casa
- [...] E aí? Gostou da surpresa?
- Como eu disse lá dentro. - Suspirou - Você não precisava fazer isso Sam.
- E como eu disse, eu precisava sim... - Samuel aproximava-se da mesma - Emy... - Ele levanta o rosto dela com a destra de dedos alvos e fortes, fazendo-na olhar em seus olhos - A culpa me consumiu por inteiro, durante as horas, os minutos e cada segundo em que eu fiquei sem ao menos ouvir a sua voz. - Suspirava lhe aquecendo a face com o hálito doce de suas palavras - Eu fui idiota, egoísta e rude com você, pensando em unicamente naquilo o que eu queria. - Enfatiza - Eu errei em não te respeitar como mulher, essa mulher fantástica e tão sensível que eu preciso tanto na minha vida, pois ela, você Emy, me faz melhor. E por isso, eu peço.. Eu imploro o seu perdão.
- E eu já aceitei às suas desculpas Sam... Se lembra disso? Não apenas aceitei como enfatizei que entendia o seu lado. Mas como também disse, eu não sei se iria conseguir ter a mesma conversa que tivemos, por mais uma vez. Ter que passar pelo constrangimento de discutirmos ao ter que explicar novamente do porque eu escolhi me guardar e ser...
- Eu sei... Eu sei... - Eleva a sua outra mão, ao rosto dela - Mas eu tô' aqui Emy. - Sorri - Eu tô' aqui pra te dizer que eu sinto muito. E que me arrependo amargamente de ter deixado você de alguma forma... Constrangida, triste ou...
- Com medo. - Complementou
- Amor... - Outra vez lhe esvaiu um suspiro - Eu te amo. E eu não quero que a nossa história acabe por aqui, acabei assim. - Pontua - Por isso, volta pra mim... Por favor
Emy se põe a pensar, á medida que transita o olhar, contra o olhar inerte e sensibilizado de Samuel.
- Eu... Estaria mentindo se dissesse que não sinto um enorme carinho e um sentimento de afeição e encanto por você Sam. - A diz - Afinal, quatro anos não são quatro dias ou quatro meses de convívio. Eu também fiquei chateada com o que aconteceu e como aconteceu, e seria muito doloroso se terminássemos isso o que construimos por tanto tempo, assim. Dessa forma.
Expondo um sorriso acalorado e em euforia mútua, Sammy anseia beijá-la.
- Mas... - Ela encobre os lábios dele com dois dos seus dedos - Eu acho que se quisermos que as coisas dêem certo entre nós, é melhor irmos com calma... Entende? Como se estivéssemos começando tudo do zero, para termos a oportunidade de nos conhecermos verdadeiramente melhor, antes de sermos namorado e namorada, e até mesmo um do outro fisicamente, precisamos ser amigos primeiro, amigos que se respeitam, e conhecem as dores um outro, que antes de amar todas as qualidades do próximo, entenda e o apoie em seus defeitos.
Sam pensa por alguns instantes, parecia inexpressivo enquanto olhava para Emilly. Mas, logo entreabre um sorriso, se aproxima dessa e deposita um beijo á altura de sua testa.
- É isso o que você quer? - Questionou enquanto deslizava os dedos entorno do rosto da moça que o responde com um aceno positivo de cabeça enquanto o olhava nos olhos - Então é assim que vai ser. - Concluiu num riso dócil
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❝NᎧTHING єlsє M₳TTᏋⱤՏ❞
FanfictionEstamos em Hawkins Eu sei... Esse nome desperta diversas coisas que podem remeter á sua mente quando ditas, certos acontecimentos instigantes que estejam relacionados á coisas particularmente estranhas. Literalmente, "Coisas Estranhas" Mas que fique...