A embarcação era um super iate. Um pedaço do céu na água.
— Cacete — foi a primeira coisa que Rafaella disse quando subiu a bordo, admirando o deque de madeira polida. Já tinha visto esse nível de opulência, mas experimentar isso em um barco ainda era como receber um presente.
Marcella veio correndo do deque debaixo, e segurou o braço de Mariana.
— Você tem que ver os quartos — ela disse, sem deixar escolha. — É surreal. O tecido é um luxo! Há muitas almofadas! E tem espelhos em todos os cantos.
Rafaella seguiu as primas de Martin, Arielle e Martha, e parou no deque do meio. O sol já estava quente, e agora conseguia ver a verdadeira extensão do luxo. Além da mesa redonda do lado de fora que acomodava dez pessoas, havia uma sala e um bar que podiam ser acessados através de portas duplas de vidro. Estavam escancaradas, e um barman loiro trabalhava lá.
— É bom eles terem ao menos uma piscina aqui. — Arielle se virou para Martha. — É melhor não repetirmos o desastre que foi a viagem da Cassandra.
Martha estremeceu. Ela apontou para as portas duplas.
— Pelo menos, o barman é gato. O iate da Cassandra não tinha piscina e só havia mulheres trabalhando. Foi a despedida de solteira mais caída de todas.
Rafaella já estava sentindo pena de Cassandra.
Subindo mais um lance de escadas, encontraram o último deque. Mônica estava lá, boquiaberta. Ela gesticulou para que Rafaella e Manu se aproximassem.
— Venham ver isso! — Seu sotaque escocês estava ainda mais acentuado desde que subiu ao navio. — Tem uma piscina! Dentro do barco!
Rafaella e Manu seguiram obedientemente. A água azul brilhava no meio do deque superior, rodeado por sofás e cadeiras.
Talvez Arielle e Martha não fossem deixar uma resenha tão ruim sobre o final de semana.
O sol ainda ardia enquanto Rafaella se deitava em uma das cadeiras de praia. Era um barco e tanto para dez garotas ocuparem, mas elas tentariam o melhor.
Ao lado de Rafaella, Mônica estava expondo sua pele clara escocesa. Ela se sentou ao lado da filha, que herdou o mesmo tom. Se Bianca envelhecesse como Mônica, Martin estaria feito. Mônica estava vestindo um biquíni preto e mostrava pernas torneadas e músculos que chamaram a atenção de todo o grupo.
— Me conte, Mônica. Qual é o segredo para estar tão linda e jovem aos sessenta anos? — Rafaella ergueu o celular. — Me conte agora e vou fazer uma live no Instagram para que o mundo aprenda.
Mônica inclinou a cabeça para trás e gargalhou.
— Salsicha lorne no café da manhã e molho pardo. — Ela sorriu. — Sabe o que é isso, querida?
Rafaella negou. Não tinha a menor ideia do que Mônica estava falando. A mulher deu um tapinha na coxa de Bianca.
— Você precisa levá-la para comer salsicha lorne. No geral, comemos no café da manhã, então talvez você tenha que acordar bem cedo. Ou então dormir lá em casa. Vocês duas têm que recuperar o tempo perdido, então não seria problema, não é? — Ela piscou para as duas.
Rafaella olhou para Bianca, que estava encarando a mãe com o olhar universal de “mãe, por favor, pare de me envergonhar”.
Ela sorriu.
Também ficou ocupada pensando como seria passar a noite na casa de Bianca, mas em vez do café, estava imaginando transar a noite toda e acordar nua e saciada, a pele das duas roçando de um jeito novo e delicioso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
MADRINHA DE ALUGUEL
FanfictionBianca Andrade tem o emprego dos sonhos e o noivo perfeito. Mas quando se vê sobrecarregada com os preparativos do casamento, seu noivo contrata Rafaella Kalimann, uma dama de honra profissional para ajudá-la. E é aí que seu mundo vira de pernas par...